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Empossada, nova diretoria do Dnit tentará mudar a imagem do órgão

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O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Jorge Fraxe, disseram hoje (2), ao dar posse à nova diretoria do órgão, que a prioridade é "mudar a imagem" do departamento, prejudicada por recentes denúncias de corrupção.

No entanto, Passos elogiou forma como o Dnit vinha sendo administrado. Segundo o ministro, "apesar do período turbulento", existem funcionários comprometidos com a valorização do Dnit. Ele pediu “ânimo e disposição” às equipes de profissionais para enfrentar os próximos desafios. “Juntos, teremos condições de responder aos desafios que o país coloca para todos nós na área de infraestrutura. Tenho certeza do nosso sucesso.”

Passos destacou a contribuição do ex-diretor Luiz Antônio Pagot, por “ampliar a capacidade de investimentos e de respostas aos desafios” do Dnit. “Foi um momento atípico, em que se afastaram quase todos os diretores do órgão, mas eles tiveram desprendimento e profissionalismo para dar sequência aos trabalhos durante a fase transitória”.

O ministro ressaltou que, em agosto, quando todos imaginavam que o Dnit iria parar, foram aplicados R$ 1,2 bilhão em obras e serviço de engenharia. "É a segunda melhor marca de todo o a ano. Isso demonstra o muito que podemos fazer e evoluir”, acrescentou.

Passos lamentou as dificuldades que o Dnit enfrenta, por causa de questões ambientais, exame de processos e rotinas, suporte informacional e desapropriações e disse que é preciso trabalhar para que haja sincronismo e não ocorram perdas. "É preciso ainda avançar nas áreas de estudos e projetos para aprimorar nossas rotinas, no que diz respeito a condições, prazos e qualidade daquilo que será feito pelos projetistas”, disse o ministro; Para ele, será preciso trabalhar também referenciais de custos e evoluir na fiscalização e controle dos projetos.

Em discurso, o novo diretor-geral do Dnit disse que os servidores são "o patrimônio mais valioso" da instituição e que resgatar a imagem do Dnit, oferecendo infraestrutura de qualidade, é dever de todos.

Jorge Fraxe, que é general, negou que haja risco de "militarização" no Dnit, cuja diretoria conta com integrantes do Exército. “A presença de um general não significa militarizar o Dnit. Não existe essa intenção", disse Fraxe, que ingressou no Exército em 1972, como aluno da Academia Militar de Agulhas Negras, pela qual diplomou-se como oficial engenheiro, e chegou a diretor de Obras de Cooperação da Força.

Foi também no Exército que o novo diretor executivo do Dnit, Tarcisio Gomes de Freitas, iniciou a carreira. Posteriormente, Freitas foi aprovado em um concurso para o quadro de auditores da Controladoria-Geral da União (CGU), onde ingressou. Formou-se em Engenharia Civil pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e atuou como engenheiro da Companhia de Engenharia Brasileira na Missão de Paz no Haiti.

O diretor de Administração e Finanças, Paulo de Tarso Cancela Campolina de Oliveira, é formado em Direito, Economia e Administração de Empresas, com MBA em Finanças. Atualmente faz mestrado em Gestão de Empresas pela Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro. É servidor público da Secretaria do Tesouro Nacional desde 2005. Em 2007, ingressou no Banco do Estado do Rio de Janeiro.

Na Diretoria de Infraestrutura Aquaviária do Dnit, tomou posse o engenheiro civil Adão Magnus Marcondes Proença, especialista em técnicas construtivas e em engenharia de produção. Proença trabalhou nos últimos dois anos no Ministério dos Transportes, como especialista sênior em infraestrutura civil e Aquaviária, cargo voltado para a gestão de portos e hidrovias da Bacia Amazônica e do Mercosul.

O engenheiro civil Mário Dirani, especializado nas áreas de regulação, defesa da concorrência e concessões, assumiu a Diretoria de Infraestrutura Ferroviária. Dirani, que atua desde 2008 como especialista em infraestrutura sênior do Ministério dos Transportes, trabalhou também na Agência Nacional de Transportes Terrestres e na Rede Ferroviária Federal e foi professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

A Diretoria de Infraestrutura Rodoviária ficou com Roger da Silva Pêgas e a de Planejamento e Pesquisa, com José Florentino Caixeta.