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Protesto contra aumento deixa 200 mil sem ônibus em Teresina

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 Os empresários de ônibus coletivos urbanos de Teresina retiraram de circulação nesta quinta-feira todos os cerca de 500 ônibus da cidade, após o quarto dia de protestos de estudantes contra o reajuste na passagem do transporte urbano. Mais de 200 mil passageiros foram prejudicados pela falta do serviço.

Em nota, o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Teresina (Setut), Herbert Miúra, disse que os empresários lamentavam a onda de protestos e estavam retirando os coletivos de circulação. Os manifestantes querem que o prefeito Elmano Férrer (PTB) revogue a passagem que aumentou de R$ 1,90 para R$ 2,10 no último sábado.

"O Setut lamenta não ter como garantir o direito de ir e vir da população na tarde desta quinta-feira. O atendimento acaba de ser suspenso. A Strans (Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito) determinou ao Setut que os ônibus sejam recolhidos as garagens por uma questão de segurança."

Hoje, os manifestantes queimaram e apedrejaram cinco ônibus nas ruas de Teresina. Segundo os empresários, nos quatro dias de protestos, 30 ônibus foram depredados. Nesta manhã, a prefeitura recebeu uma comissão de estudantes no Palácio da Cidade, sede do poder municipal, para tentarem um acordo. Após uma hora de discussão, não houve entendimento, e os protestos foram mantidos.

Cerca de 3 mil estudantes que estavam concentrados em frente à sede da prefeitura saíram em passeata pelas ruas e avenidas. Aos gritos de "mãos ao alto, R$ 2,10 é um assalto", eles bloquearam ruas e protestaram contra o aumento. A avenida Maranhão, um dos principais corredores de tráfego, ficou interditada por mais de uma hora. Os lojistas do Shopping da Cidade fecharam os estabelecimentos durante a passagem dos manifestantes.

Leonardo Maia, um dos líderes da Associação Nacional dos Estudantes Livres, afirmou que o movimento vai continuar até a prefeitura revogar o decreto que aumentou a passagem de ônibus. "Queremos a revisão da planilha e auditoria nos custos do transportes urbanos em Teresina", disse Leonardo Maia.