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Hackers da LulzSec Brasil vazam dados do DOI-CODI e da Guerrilha do Araguaia

Arquivos são de ações do Ministério Público Federal gaúcho pedindo quebra de sigilo

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Após as invasões de sábado à noite, hackers da LulzSec Brasil divulgaram uma série de documentos que eles teriam conseguido vazar de órgãos públicos. Os arquivos são do Supremo Tribunal Federal (STJ), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul (MPF-RS). 

Guiado pela ideologia de livre-disseminação de informações sigilosas, o grupo divulgou ações referentes a pedidos de aberturas de arquivo do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) e a quebra de sigilo dos militares envolvidos na Guerrilha do Araguaia. O material vazado também revela contra-cheques de funcionários e algumas informações pessoais. 

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Apesar da tentativa de revelar dados "reveladores", os arquivos referentes à guerrilha e ao DOI-CODI não são sequer confidenciais. 

Além dos ataques a órgãos públicos, a LulzSec também divulgou dados pessoais dos governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), do Paraná, Beto Richa (PSDB), e dos deputados federais Marcos Medrado (PDT/BA), Pepe Vargas (PT/RS) e Assis Mello (PCdoB/RS). Na página disponibilizada pelos hackers, eles revelam supostos dados pessoais dos políticos, como CPFs, números de identidade, endereços e telefones. 

Ainda não há resposta dos órgãos oficiais e dos políticos a respeito da veracidade dos dados e da gravidade das invasões. Até o começo da tarde deste domingo, os sites dos Ministérios da Defesa, da Saúde e do Governo do Estado do Pará continuavam fora do ar. A série de ataques da LulzSec Brasil começou logo após a matriz internacional do grupo anunciar o fim das suas atividades. 

Ataques à midia

A LulzSec também divulgou, durante a madrugada de sábado, dados pessoais de funcionários de órgãos da mídia. Os alvos dos ataques foram os sites do Diário de São Paulo e do Canal Paraíba. Os hackers disponibilizaram, através do Twitter, supostas senhas e endereços de e-mail dos funcionários das duas empresas.