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Ex-presidente FHC faz 80 anos e recebe homenagens do PSDB 

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O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso completa neste sábado 80 anos. Em comemoração a seu aniversário, o PSDB, partido que ajudou a fundar, prevê uma série de homenagens.

As comemorações tiveram início na semana passada, por iniciativa do ex-ministro da Casa Civil Clóvis Carvalho, amigo pessoal de FHC, em um jantar para 500 convidados. Amanhã, a Orquestra Sinfônica de São Paulo (Osesp) oferece um concerto, às 11h, em homenagem ao ex-presidente. A celebração se encerrará no dia 30, quando a Comissão Executiva Nacional do PSDB fará uma homenagem a Fernando Henrique no auditório Petrônio Portela, no Senado. No evento, são esperados ex-ministros de seus dois governos, antigos e atuais governadores de diferentes partidos, além de embaixadores e servidores de seu governo.

Nascido no dia 18 de junho de 1931, no Rio de Janeiro, Fernando Henrique veio de uma família de militares. Mudou-se para São Paulo aos oito anos, onde se formou em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP) em 1952. Em 1953, casou-se com dona Ruth - morta em 2008 -, com quem teve três filhos e cinco netos.

Durante a ditadura militar, exilou-se no Chile e na França, onde completou seus estudos de pós-graduação. Na sua volta, se aproximou de lideranças do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido pelo qual disputou sua primeira eleição em 1978, sendo eleito suplente de André Franco Montoro no Senado. Em 1983, com a eleição de Montoro ao governo de São Paulo, FHC assumiu a vaga de senador, já pelo PMDB (partido derivado do MDB após o fim do bipartidarismo).

Em 1988, insatisfeito com a cúpula do PMDB, fundou o PSDB, ao lado de nomes como Mário Covas, Franco Montoro e José Serra. Em 1974, a convite de Ulysses Guimarães, então presidente do MDB, Fernando Henrique coordenou a elaboração da plataforma eleitoral o partido. Quatro anos depois, concorreu a seu primeiro cargo eletivo pelo MDB, elegendo-se suplente de André Franco Montoro no Senado. Em 1983, com a eleição de Montoro ao governo de São Paulo, FHC assumiu a vaga no Senado, já pelo PMDB (partido derivado do MDB após o fim do bipartidarismo).

Já no Senado, participou da campanha das Diretas Já - que pedia a realização de eleições diretas para presidente da República em 1984 - e articulou a candidatura de Tancredo Neves à Presidência. Com a morte de Tancredo no ano seguinte, seu vice, José Sarney, assumiu o cargo.

Líder do governo no Congresso - posto criado especialmente para ele por Tancredo, antes de sua morte -, FHC foi candidato a prefeito de São Paulo em 1985, tendo sido derrotado pelo ex-presidente Jânio Quadros (PTB). No dia da eleição, alguns jornais paulistanos publicaram em suas capas a foto de Fernando Henrique sentado na cadeira de prefeito - fato que levou Jânio a tomar, como primeira atitude à frente da prefeitura, a decisão de desinfetar o móvel. "Estou desinfetando a poltrona porque nádegas indevidas a usaram", disse em sua posse.

Em 1986, foi reeleito senador por São Paulo com 6 milhões de votos. Líder do PMDB do Senado, FHC foi um dos relatores da Constituinte de 1988. No mesmo ano, insatisfeito com a cúpula do partido, fundou o PSDB, ao lado de nomes como Mário Covas, Franco Montoro e José Serra.

No governo de Itamar Franco, foi ministro das Relações Exteriores e da Fazenda, onde traçou as bases do Plano Real. Com o sucesso do plano, que se notabilizou pelo controle da inflação e estabilização da economia, foi eleito presidente da República em 1994, sendo reeleito quatro anos depois.

Atualmente, Fernando Henrique preside o Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC), responsável por seu acervo e memória, e ocupa a presidência de honra do Diretório Nacional do PSDB.