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DEM: Procuradoria-Geral arquiva, mas há CPI e convocação contra Palocci

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Se depender da oposição, o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, continuará a navegar por mares revoltos, mesmo após a decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR) de arquivar as representações contra ele.

Em entrevista a  Terra Magazine , o presidente do DEM e líder da sigla no Senado, José Agripino (RN), reforçou que a tentativa de investigar o rápido enriquecimento do ministro seguirá no Congresso. Nos últimos quatro anos, o patrimônio de Palloci, dono de uma empresa de consultoria na época em que exercia mandato de deputado federal, aumentou 20 vezes.

- A Comissão Parlamentar de Inquérito prossegue e a convocação pela Comissão de Agricultura (Câmara) também - afirma, referindo-se à polêmica convocação, ocorrida na última quarta-feira (1), que provocou protestos dos governistas e corre o risco de ser anulada.

- Há ainda, em curso, um processo de investigação no Ministério Público do Distrito Federal contra Palloci - lembra o senador. Para ele, a decisão da PGR "revolta as ruas".

- Acho que diante de todas as evidências que substanciam o caso, a decisão da PGR frustra o cidadão brasileiro. Se há uma coisa que mereça ser investigada é esse caso. O arquivamento puro e simples por inexistência de indícios está revoltando as ruas.

Esquivando-se de comentar os argumentos que embasaram o parecer de 27 páginas do procurador Roberto Gurgel, Agripino limitou-se a reiterar a defesa de que a evolução patrimonial de Palocci deve ser apurada.

Após examinar as quatro representações e as informações apresentadas pelo chefe da Casa Civil, Gurgel concluiu que não estava configurada prática de delitos. O procurador alegou ainda que a "lei penal não tipifica como crime a incompatibilidade entre o patrimônio e a renda declarada".

- Não vou entrar no mérito do que o procurador disse. Se ele assumiu a responsabilidade pelo parecer dele, que fique com a responsabilidade. Acho que diante de toda carga de evidências que se exibiu ao longo desses dias todos, a investigação era muito mais do que recomendada. Era imperiosa - critica o presidente do Democratas.