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Livro do MEC não preconiza erro gramatical, afirma Haddad

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BRASÍLIA - Ao falar aos senadores da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que o livro 'Por uma vida melhor', utilizado em escolas públicas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), não ensina a falar ou a escrever errado, conforme dizem críticos do material.

O ministro disse que os próprios críticos do livro reconhecem não terem lido a obra. Alguns, disse, após tomarem conhecimento do total da obra, retiraram as críticas. Por outro lado, o ministro ressaltou que o MEC recebeu inúmeras manifestações apoiando o livro.

Haddad disse ainda que os exercícios contidos no livro pedem aos alunos que transformem frases escritas na linguagem popular para a norma culta.  - O livro parte de uma realidade comum ao aluno e traz o estudante para a norma culta - disse.

 

Para senadores do PSDB, livros didáticos fazem doutrinação política

Em debate com o ministro da Educação, os senadores do PSDB Cyro Miranda (GO), Alvaro Dias (PR) e Marisa Serrano (MS) afirmaram que os livros didáticos aprovados pelo MEC fazem doutrinação política e contêm viés partidário e ideológico.

Cyro Miranda citou reportagem da Folha de São Paulo mostrando que livros didáticos do MEC apresentam pontos negativos do governo Fernando Henrique Cardoso e enaltecem o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

No mesmo sentido, Alvaro Dias mostrou que reportagens de revistas citadas em livros didáticos distribuídos pelo MEC são sempre favoráveis ao governo Lula.

Com referência ao livro usado na Educação de Jovens e Adultos (EJA), que contém frases com erros gramaticais em capítulo que trata de preconceito linguístico, Alvaro Dias disse que a obra estimula o ensino do erro.

Cyro Miranda disse a obra provavelmente buscou disseminar "a forma de expressão do ex-presidente Lula". Ao citar fracos resultados de alunos da rede pública em avaliações nacionais, Marisa Serrano cobrou "uma mudança de ótica no MEC" para modernizar a gestão da Educação no país.