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Palocci antecipa a senadores defesa que fará à PGR

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Durante almoço nesta quinta-feira no Palácio da Alvorada, em Brasília, o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, antecipou aos senadores presentes e à presidente Dilma Rousseff (PT) a defesa que entregará à Procuradoria-Geral da República (PGR). Na última sexta-feira, a PGR pediu que Palocci enviasse, por escrito, respostas a duas representações feitas por partidos de oposição a respeito de denúncias sobre a evolução patrimonial e de suposto tráfico de influência por parte do ministro.

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De acordo com o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), ao final da reunião Palocci pediu um tempo para falar e dar sua versão das denúncias. "O ministro Palocci pediu a nós que ao final da conversa ele pudesse dispor de um tempo para dar uma explicação pormenorizada dos fatos e assim o fez, por iniciativa dele. Não vou antecipar o que ele disse porque ele o fará pela resposta que ele dará à PGR", afirmou Costa.

O líder do PT disse que considerou as explicações de Palocci consistentes. "A mim, como aos demais senadores que estiveram lá, as informações e explicações pareceram bastante consistentes, mas cabe a ele, via resposta à PGR, revelar tudo o que ele nos revelou", disse.

 

Segundo afirmou o senador Wellington Dias (PT-PI), Palocci atribuiu à oposição o vazamento das denúncias, em especial "tucanos" que estão em São Paulo. "Estão buscando fazer um terceiro turno desse episódio. É o PSDB que está por trás disso, sem a preocupação dos danos que isso pode causar", afirmou.

O senador disse ainda que Palocci explicou que cumpriu a "quarentena" ao deixar o governo, sem desrespeitar a legislação prestando consultoria a empresas privadas.

 

Apesar das explicações de Palocci, o caso não foi o principal tema discutido no almoço entre Dilma e senadores do PT, de acordo com Humberto Costa. O assunto mais importante, segundo ele, foi a votação do projeto de lei que altera o Código Florestal, que começa a ser discutido pelo Senado na próxima semana.

"A presidente manifestou uma posição muito firme no sentido de que é necessário que tenhamos um texto que beneficie as preocupações com o meio ambiente e também com a produção agrícola. Da maneira como a questão foi votada, vai ensejar que haja muitos questionamentos quanto à posição do Brasil e uma possível adoção de barreiras, países que deixarão de comprar conosco pelo fato de termos adotado medidas como essas. A partir dessa orientação, vamos fazer um debate tranquilo no Senado com pontos de convergência, o que é possível", disse.

Com Luciana Cobucci - Portal Terra