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Aluno morto na USP é enterrado; diretor prevê mudanças

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O enterro do estudante de ciências atuariais Felipe Ramos Paiva, 24 anos, morto na noite desta quarta-feira dentro do campus da Universidade de São Paulo (USP), foi marcado por muita emoção de parentes e amigos do rapaz. O corpo foi enterrado em Caieiras, na Grande São Paulo, com a presença de cerca de 150 pessoas. O diretor da Faculdade de Economia e Administração, Reinaldo Guerreiro, que esteve no cemitério, afirma que a comunidade da USP não vai aceitar passivamente o que aconteceu.

"A USP é hoje um ambiente praticamente público e as pessoas têm consciência de que as coisa vão mudar. A reitoria está atenta a tudo o que está acontecendo e já havia estudos sobre a mudança na segurança. Infelizmente, o que aconteceu vai agilizar o processo", disse. Segundo ele, o tema de como deve ser feita a vigilância no campus sempre gera polêmica, e, por isso, entrará na pauta de debates. "A questão da Polícia Militar fazendo a segurança dentro do campus sempre foi polêmica, mas a discussão será acelerada. Não vamos aceitar passivamente o que está acontecendo lá", afirmou.

Os alunos da FEA entregaram na manhã desta quinta-feira uma carta à reitoria lembrando que "os casos de violência na USP têm se tornado uma triste constante. Nos últimos meses, sequestros, assaltos e furtos passaram a preocupar alunos, professores e funcionários. Há a necessidade de se debater a segurança no cotidiano universitário", diz um trecho do documento.

De acordo com o Guerreiro, medidas de segurança já são tomadas, mas em sua opinião, um outro modelo de segurança deve ser implantado pela universidade: "hoje, a segurança é feita internamente, com homens desarmados. Não conheço os aspectos legais, já que a segurança é vinculada à reitoria. Porém, eu sou favorável à presença de policiais aqui".