ASSINE
search button

Santa Catarina: governador pode ir para PSD caso DEM não se una ao PSDB

Compartilhar

 

O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, afirmou nesta segunda-feira que caso não ocorra a fusão entre DEM e PSDB, seu caminho político será uma filiação ao PSD, do prefeito paulistano Gilberto Kassab. Ele tem demonstrado publicamente sua insatisfação com os rumos do Democratas. Durante ato realizado em Joinville (190 km ao norte de Florianópolis), o político defendeu a fusão do DEM com os tucanos como o "melhor caminho" para a oposição.

"É preciso essa união e um grande projeto político para os partidos de oposição". "Defendo isso e, se não for possível, buscarei construir novo caminho em outro partido", disse.

Além de Raimundo Colombo, o DEM conta apenas com o governo do Rio Grande de Norte, através de Rosalba Ciarlini. O catarinense não estipulou prazo para a decisão sobre a possível saída, mas tem aproveitado uma série de visitas às secretarias regionais de 37 municípios para consultar as lideranças locais.

Racha na oposição

 As declarações de Colombo vão de encontro à afirmação do senador tucano Aécio Neves na semana passada. Ele afirmou que que as reuniões do PSDB com o DEM devem começar já para a definição das candidaturas para as eleições municipais do ano que vem. No entanto, o ex-governador de Minas Gerais descartou uma fusão entre as siglas.

"Nós achamos que esse é o momento de anteciparmos as coligações, identificarmos onde o DEM for mais forte, nós vamos de democratas, onde o PSDB for mais forte, nós vamos de PSDB, mesmo se for necessário que haja intervenções nacionais", afirmou Neves.

No âmbito estadual catarinense, o PSDB já vivia um clima de tensão. Também na semana passada, Leonel Pavan assumiu a presidência do diretório estadual da sigla. A convenção foi realizada no domingo retrasado e, na tentativa de evitar disputas internas, as principais lideranças trataram de remarcar a votação. Nela, Pavan venceu o deputado Marcos Vieira por 59 votos a 43. Leonel Pavan vinha era criticado pelo fato de não disputar a reeleição para o cargo de governador em 2010, apoiando a coligação formada por DEM e PMDB.

Em outras unidades, DEM e PSDB têm perdido membros. Em São Paulo, seis vereadores tucanos anunciaram sair da legenda, e o partido afirmou que reivindicará os mandatos. Já na Câmara, o DEM, que já perdeu 10 dos seus 43 deputados para o PSD, está pedindo cargos ocupados na Casa pelos parlamentares dissidentes.