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MG: Dilma é homenageada e promete marco regulatório da mineração

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A presidente Dilma Rousseff foi homenageada na manhã desta quinta-feira, em Ouro Preto (MG), com o Grande Colar da Medalha da Inconfidência Mineira, durante as comemorações do Dia de Tiradentes. Dilma falou do orgulho em receber a honraria e disse que o ideal dos inconfidentes continua vivo na luta pelo fim da pobreza no País.

"Esse ideal, que se traduz na tarefa de contrução de um País soberano e democrático, está vivo e ainda não está inteiramente concluído", disse a presidente. Ao citar Tancredo Neves, ela afirmou que "o Brasil só será próspero quando não houver pobreza".

Ao homenagear a luta dos inconfidentes pela liberdade, ela citou o período da ditadura militar.

"Os brasileiros e as brasileiras que como eu sofreram a privação da liberdade, sabem o quanto a democracia institucional faz falta para uma nação. Mas queremos a democracia plena, com desenvolvimento e inclusão", afirmou ao destacar que o Brasil se consolida como uma sociedade próspera e fraterna. "Muito do que buscamos hoje teve origem nos princípios da inconfidência".

Ela ainda falou sobre o marco regulatório do setor de mineração, uma demanda do governador de Minas.

"Eu, mais uma vez, externo meu compromisso com o envio do marco regulatório. Não é justo, nem tampouco contribui para o desenvolvimento do Brasil que os recursos mineirais sejam daqui tirados e não haja compensação. Esta é a condição para que as nossas reservas não se concentrem nas mãos de poucos, mas se difundam na sociedade", disse.

A mais alta condecoração do estado foi entregue à Dilma pelo governador Antonio Anastasia, que citou as grandes mulheres que fizeram a história da Inconfidência Mineira para homenagear a presidente.

"Minas sempre esteve sob a sombra vigorosa de suas mulheres. Mulheres que fizeram a nossa história e que ainda continuam fazendo. Temos, assim, orgulho de ser mineira a primeira mandatária do nosso País", afirmou.

Em seu pronunciamento, o prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, falou do orgulho em homenagear a "presidente mineira".

"O Brasil caminha para se tornar um país sem pobreza, esse era o ideal de Tiradentes quando pregou a liberdade. (...) A nossa sociedade aplaude a mineira de Belo Horizonte que nos governa com firmeza e competência", disse.

Homenagem

Na solenidade, o governador assinou ato de transferência simbólica da capital do estado para Ouro Preto, cumprindo a tradição do dia 21 de abril. Também foram realizadas homenagens a Tiradentes, mártir da Inconfidência, e a duas mulheres que viveram na Vila Rica de 1789 e testemunharam a Conjuração Mineira: Maria Dorotéia Joaquina de Seixas (Marília de Dirceu) e Bárbara Heliodora Guilhermina da Silveira.

A Medalha da Inconfidência também foi outorgada a 238 personalidades e instituições que se destacaram por sua contribuição ao estado e ao país. Dentre os agraciados deste ano estão os ministros da Saúde, Alexandre Padilha; da Cultura, Ana de Holanda; da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho; do Planejamento, Miriam Belchior; e da Justiça, Jose Eduardo Cardozo; o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia; e os governadores do Espírito Santo, José Renato Casagrande; e do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini.

A Medalha foi criada em 1952, durante o governo de Juscelino Kubitschek, e é entregue sempre no dia 21 de abril, com três designações: Grande Medalha, Medalha de Honra e Medalha da Inconfidência, além do Grande Colar, concedido a chefes de Estado.

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