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Com surto de conjuntivite, faltam médicos no Estado de São Paulo

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A alta temporada turística no litoral de São Paulo trouxe com ela um surto de conjuntivite no Estado, mas faltam médicos oftalmologistas para atender os casos. Na rede pública e privada, pacientes que voltaram à capital depois de feriado e final de semana em Ilhabela, São Sebastião (Litoral Norte) ou na Baixada Santista (Litoral Sul), não conseguem atendimento.

Na rede pública, a presença de oftalmologistas não é obrigatória nos prontos socorros. Terra Magazine procurou sete hospitais da capital, nenhum deles tinha a especialidade.

No Hospital Municipal Inácio Proença Gouveia, na Mooca, a atendente chegou a recomendar que os pacientes procurassem a rede privada. Já no Hospital Estadual de São Mateus, apenas quem tivesse hora marcada poderia ser recebido.

Um paciente que procurou hospital particular no bairro do Tatuapé, na Zona Leste, conta que o clínico geral se recusou a diagnosticá-lo porque não teria equipamentos que só o especialista teria. Foi preciso que o homem se deslocasse até uma clínica no Ibirapuera, na Zona Sul, onde teve que aguardar mais de três horas para ser recebido por um oftalmologista.

A Secretaria Estadual de Saúde ainda não tem os números de pessoas que contraíram a doença até agora em março. Só em Ilhabela foram reportados mais de mil casos em três semanas.

A recomendação da Secretaria é que as pessoas que desconfiem que tenham adquirido conjuntivite procurem agendar consultas em postos de saúde da rede pública. A doença, porém, é contagiosa e o tratamento com agilidade é importante para evitar que mais pessoas sejam contaminadas.