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Sean só volta ao Brasil se Justiça dos EUA decidir, diz advogado

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RIO - A decisão de qualquer instância da Justiça brasileira não trará Sean Goldman de volta ao Brasil. Essa é a opinião de Ricardo Zamariola, advogado de David Goldman, pai biológico do menino. "O menor só retorna ao Brasil se a Justiça americana determinar que ele volte. Não é uma questão de demérito à Justiça brasileira, é uma questão de competência internacional", argumentou.

Zamariola afirmou à Agência Brasil que está surpreso com a decisão de quarta-feira do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que autorizou que a irmã de Sean, Chiara Bianchi, de apenas 2 anos, fosse incluída como interessada no processo de guarda do garoto. "Não havia interesse jurídico na questão, o efeito prático no que já foi decidido é nenhum", avaliou o advogado. Segundo Zamariola, o máximo que pode acontecer é o advogado da menina ser ouvido no julgamento sobre a guarda de Sean.

O advogado de David Goldman afirmou, ainda, que o caso deve demorar meses para ser analisado pelo STJ, uma vez que os autos ainda estão na Justiça Federal no Rio de Janeiro, que deu a decisão favorável ao pai biológico. Zamariola contou que o processo de adaptação do garoto nos Estados Unidos vai bem. "As primeiras semanas foram difíceis, mas, agora, a informação é que ele está indo muito bem com o pai", disse.

Sean foi levado pelo pai em dezembro de 2009, por determinação judicial que lhe devolveu a guarda do menino. No Brasil, ele vivia com o pai adotivo e a irmã, Chiara. Sua mãe, Bruna Bianchi, casou-se com David nos Estados Unidos e, em 2004, trouxe Sean para passar férias no Brasil. Ela se separou de David e casou-se novamente. Em 2008, Bruna morreu depois do parto em que teve Chiara.