O governo tem dado sinais de que pretende endurecer as regras para a instalação de comissões parlamentares de inquérito (CPIs) no Congresso Nacional. Líderes governistas não adiantam quais seriam as medidas para tentar frear as investigações no âmbito do Legislativo. Mas o tema vem à tona justamente após membros da oposição se movimentarem para colher assinaturas com o objetivo de apurar denúncias de transações irregulares em Furnas. A oposição concorda que os critérios de instalação e condução das CPIs precisam ser revistos, mas não quer nem ouvir falar de mecanismos para coibir as comissões.
Deputados da base afirmam, contudo, que não se trata de engessar a oposição. O argumento é que as CPIs devem ser mais propositivas que punitivas. Uma das alternativas é apresentar temas menos espinhosos ao governo e cercar a oposição. Isso porque, pelo regimento interno, no máximo cinco comissões podem funcionar ao mesmo tempo.
Apesar de parlamentares do PT garantirem tratar-se de um movimento da base, o PMDB – maior aliado do governo – não foi incluído na estratégia.
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