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Advogado de Bruno aparece fumando crack em vídeo

OAB-MG vai apurar conduta de Ércio Quaresma, que pode ser suspenso

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Belo Horizonte - A divulgação do vídeo em que o advogado Ércio Quaresma - que representa o goleiro Bruno Fernandes, acusado de ser o mandante do desaparecimento e possível morte de Eliza Samudio - aparece fumando crack, supostamente em uma boca de fumo localizada na região noroeste da capital mineira, fez com que a Comissão de Ética da seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) instaurasse um procedimento para apurar sua conduta. Ele pode ser suspenso preventivamente pela OAB, o que o impediria de continuar à frente do caso. 

Quando soube da gravação, feita pela TV Alterosa - afiliada do SBT em Belo Horizonte, Quaresma se antecipou e admitiu ser dependente da droga, afirmando que luta há oito anos contra o vício.

Quaresma tem mantido um comportamento polêmico durante as investigações envolvendo o desaparecimento da ex-amante do goleiro. Em vários momentos, foi flagrado dormindo em plena audiência e repreendido pelos juízes.

Veja o vídeo: 

 

 

Amante de Bruno acusa advogado

A dentista Ingrid Calheiros de Oliveira, que se apresenta como noiva do goleiro Bruno, depôs ontem, no 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. Ela confirmou à Justiça fluminense depoimento prestado ao Ministério Público de Minas Gerais em que acusou Ércio Quaresma, de ameaça.

De acordo com o testemunho, Quaresma teria ido até o escritório de Ingrid para solicitar que ela se afastasse do caso. Durante a conversa, o advogado teria feito ameaças como "não me queira como inimigo. Eu não sou advogado do Diabo, eu sou o diabo".

Ainda segundo Ingrid, Quaresma disse que tudo o que Bola, acusado de ter escondido o corpo de Eliza Samudio, sabia, era ele que tinha ensinado. "Se o corpo (de Eliza) não apareceu até agora, se é que há corpo, é por minha causa", teria dito Quaresma durante o encontro. Ingirid disse acreditar que o advogado disse isso para intimidá-la.

No ano passado, Quaresma chegou a ser preso com pedras de crack escondidas na boca em uma favela de Belo Horizonte.