Agência Brasil
BRASÍLIA - A Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras teve o relatório final aprovado nesta quinta-feira. O relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR), isentou a estatal de responsabilidades em possíveis irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A votação foi unânime e, com isso, os trabalhos da CPI estão encerrados.
O relatório deveria ter sido votado na semana passada, mas o senador Fernando Collor (PTB-AL), pediu vista. Hoje, fez críticas ao relatório de Jucá, especialmente ao que chamou de "celeridade imposta" para que a votação ocorresse ainda nesta legislatura.
- Não vejo problema em deixar para fevereiro a votação do relatório, uma vez que ainda estaria dentro do prazo de funcionamento da CPI. Esse processo de celeridade imposta se constitui muitas vezes em mutilação - disse.
Jucá respondeu à crítica dizendo que as etapas da CPI foram concluídas de forma contundente. - As sugestões foram anunciadas anteriormente, a cada momento - lembrou.
A votação ocorreu sem a presença da oposição, que abandonou os trabalhos da CPI no mês passado. Os parlamentares do DEM e do PSDB alegam que as irregularidades que motivaram a criação da CPI não foram investigadas, como as suspeitas nos valores da construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e improbidade administrativa e venda, com preço abaixo do de mercado, de uma refinaria para a Bolívia.
A Petrobras diz que não existe irregularidade na obra da refinaria de Pernambuco, havendo apenas divergência entre os cálculos da empresa e os do TCU.