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MEC reprova 17 cursos de medicina

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Luciana Abade, Jornal do Brasil

BRASÍLIA - O Ministério da Educação vai supervisionar 17 cursos de Medicina do país que receberam nota 1 ou 2 no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD).

Entre os 17, seis são do Rio de Janeiro. São eles: Centro Universitário Serra dos órgãos, Universidade Severino Sombra, Centro de Ensino Superior de Valença, Centro Universitário de Volta Redonda e Universidade de Iguaçu, unidades de Itaperuna e Nova Iguaçu. No total, 103 cursos de instituições públicas ou privadas foram avaliados.

Em contrapartida, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) recebeu nota máxima no Enade. A instituição, no entanto, não foi avaliada pelo IDD.

As melhores

As universidades federais do Rio Grande do Sul, de Goiás, de Ciências da Saúde de Porto Alegre, de Santa Maria, do Piauí e de Mato Grosso, receberam a nota máxima nos dois indicadores.

As instituições que foram reprovadas pelo MEC terão prazo de um ano para fazer um diagnóstico sobre o desempenho com medidas para sanar as deficiências.

A organização didático-pedagógica, a integração do curso com o sistema local de saúde, o perfil do discente, o perfil do quadro doscente e a infra-estrutura são alguns dos pontos que devem ser abordados no diagnóstico.

As instituições podem ser punidas caso as medidas adotadas não sejam consideradas suficientes. As sanções vão desde processos administrativos até a cassação do reconhecimento do curso.

Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, o governo não tem intenção de inibir a expansão de cursos superiores.

Entre os cursos que serão avaliados, quatro são de universidades federais. O número não assusta o ministro.

As de conceito máximo também são federais ponderou.

A inspeção nos cursos de Medicina seguirá processo semelhante aos já realizados nos cursos de Direito e Pedagogia. Segundo Haddad, o ministério começou por esses cursos porque eles colocam em jogo a saúde e a educação pública. A supervisão dos cursos será feita por uma comissão que atuará de forma independente do ministério.

O presidente da Comissão de Supervisão de Cursos de Medicina, Adib Jatene, ressaltou que 52 cursos não foram avaliados porque ainda não formaram sua primeira turma. Para esses casos, Jatene sugeriu ao ministério uma avaliação anual.