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Aposentados da Petrobras tiram a roupa e reivindicam reajuste salarial

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Agência Brasil

BRASÍLIA - Para reivindicar reajuste salarial, aposentados e pensionistas da Petrobras ficaram nus nesta terça-feira em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília.

Ex-funcionário da Petrobras, Luiz Carlos Ferreira Costa, 67 anos, disse que o protesto é uma forma de pedir que o governo preste mais atenção aos aposentados.

- Sabe por que estamos tirando a roupa? Porque o governo já tirou tudo o que é nosso, mas a roupa nós mesmos tiramos.

De acordo com a categoria, a última proposta apresentada aos aposentados este ano foi um reajuste de 4,18%. Já para os funcionários da ativa o reajuste ficou em torno de 6,5%, além das remunerações e abonos salariais.

Atualmente a Petrobras tem cerca de 63 mil aposentados. Segundo o presidente do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro), Emanuel Cancella, antes do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso os reajustes eram os mesmos para aposentados e funcionários da ativa.

Cancella lembrou ainda que a Petrobras desrespeita o Regulamento do Plano Petros o fundo de pensão da categoria. De acordo com o artigo 41 do regulamento, o funcionário da Petrobras desconta mensalmente uma contribuição para que na aposentadoria receba até 90% do salário de uma pessoa na ativa.

O aposentado Reinhold Schopke, 74 anos, ganha, aproximadamente, R$ 3 mil. Para ele, o aposentado precisa ser mais respeitado pelo governo. Em meio aos manifestantes, Schopke levantou o coro: Petroleiro aposentado: excluído, jamais!

Durante a manifestação, eles lembraram o caso de um aposentado que faleceu durante um protesto realizado na última semana de novembro.

O petroleiro aposentado Guilherme Rodrigues, 72 anos, teve um enfarto e morreu no dia 28 de novembro, depois de discursar na assembléia do Sindipetro Litoral Paulista. Ele havia acabado de fazer um discurso emocionado, dizendo que a Petrobras tem preconceito com os aposentados .

A manifestação desta tarde foi organizada pelo Sindicato dos Petroleiros do Rio (Sindipetro-RJ) e pela Frente Nacional dos Petroleiros (FNP).