Portal Terra
BRASÍLIA - O líder do Democratas no Senado, José Agripino Maia (RN), afirmou nesta segunda-feira que o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), deve dar novas explicações políticas sobre as acusações de que ele e seus familiares teriam beneficiado a fábrica de bebidas Schincariol.
Sobre investigações no Conselho de Ética, no entanto, Agripino Maia concorda com a relatora Marisa Serrano (PSDB-MS), de que a ligação com a Schincariol deve ser alvo do colegiado apenas com a apresentação de uma nova representação.
- É um elemento a mais que se soma ao contexto e o presidente Renan tem que dar novas explicações. Do ponto de vista político não se pode ignorar esse fato, mas também não se pode fazer um julgamento antecipado. Mas para que o Conselho de Ética acolha (as novas denúncias) é preciso que se apresente uma nova representação, pois é um fato que tem alguma ligação, mas não são totalmente conexos. Mas repito que do ponto de vista político impõe-se explicações - afirmou o líder do Democratas.
Com essa avaliação, o PSol já cogita a possibilidade de nova representação contra Calheiros. Segundo a deputada Luciana Genro (PSol-RS), os advogados do partido estudam duas alternativas: um aditamento ao processo já existente ou uma nova representação.
- Se os nossos advogados acharem que o aditamento é arriscado vamos fazer uma nova representação - explicou a deputada, que disse ainda que a bancada do partido deve ter a decisão final já amanhã. Eles participam nesta terça, inclusive com a presença da presidente da sigla, Heloísa Helena, de uma audiência com o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto.
A representação já em trâmite no Conselho de Ética investiga se o presidente do Senado tinha condições financeiras de pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha.