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Infraero começa a redução de custos com 70 demissões

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Leandro Mazzini, Agência JB

BRASÍLIA - O acordo celebrado hoje com os aeroportuários forçou a Infraero a repensar a gestão e reforçar o plano de contenção de gastos uma condição do ministro da Defesa, Waldir Pires, para que a estatal negociasse com a categoria. Apesar de dizer que tem recursos em caixa para cumprir o trato - R$ 28 milhões a mais só este ano - o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, informou que já está cumprindo o pedido do chefe.

Vamos demitir pelo menos 70 funcionários em cargos comissionados garantiu Pereira.

O empresa, segundo a assessoria, já vem resolvendo o sistema de monitoramento de redução de desperdícios, como água e luz nos terminais.

Num comunicado enviado à Infraero na sexta-feira, o ministro Waldir Pires solicitou os cortes na medida do aumento dos custos. José Carlos Pereira disse que fará, mas não no montante dos R$ 28 milhões.

A Infraero vai cumprir e vai ser vigiada de perto. Vamos cortar custos com contratos especiais, haverá melhor gestão na empresa. E garanto que em nenhum momento haverá aumento de tarifas nos terminais para os passageiros explicou Pereira.

A fim de fazer caixa, o presidente da estatal mostrou preocupação especial pelos contratos com grandes e pequenas companhias aéreas nos aeroportos. Disse que é preciso rever com urgência valores de muitos aluguéis de hangares e as taxas cobradas do espaço usado nos balcões dos check-in.

Há empresa de táxi aéreo que paga R$ 50 de aluguel por um balcão num terminal. Algumas companhias utilizam grandes hangares nas capitais por valores módicos comparados ao que faturam. Algo em torno de R$ 1.500 mensais.

São valores ridículos. Vamos rever tudo, mas honraremos todos os contratos. Isso será feito aos poucos disse o presidente da estatal.