Agência Brasil
BRASÍLIA - O presidente Lula afirmou nesta segunda-feira que Silas Rondeau precisava deixar o cargo como ministro de Minas e Energia para não ficar sangrando a vida inteira. Rondeau pediu demissão no dia 22 deste mês sob suspeita de envolvimento com o esquema de desvio de recursos públicos desarticulado pela Operação Navalha, da Polícia Federal.
Imagens e conversas telefônicas veiculadas pela imprensa levantaram a suspeita de que o ministro esteja envolvido, pois seu assessor direto teria recebido propina de R$ 100 mil da construtora Gautama, do empresário Zuleido Veras (preso na operação policial) por facilitar licitações do programa Luz Para Todos.
- O afastamento dele era uma necessidade para que ele não ficasse sangrando a vida inteira, porque ninguém suporta ficar nas primeiras páginas de jornais o tempo inteiro. Até agora, não tem nada contra o Silas, a não ser suposições. Como eu acredito no processo de investigação, vamos investigar. Se tiver alguma coisa contra o ministro Silas, ele pagará pelo erro que cometeu. O que não dá, na verdade, é para a gente condenar as pessoas por insinuações ou ilações, seja de quem quer que seja, disse Lula no programa de rádio Café com o Presidente.
Na sexta-feira passada, Lula disse que anunciará o nome do novo ministro para a pasta quando entender que o nome deve ser anunciado.
- De vez em quando, eu vejo vocês com uma inquietação. Eu não estou inquieto. O novo ministro vai ser anunciado quando eu entender que deve ser anunciado. Vocês já viram jogo de futebol: Não adianta a torcida ficar de fora gritando: põe fulano, põe beltrano. O técnico na hora certa põe as pessoas que quiser, afirmou o presidente, na semana passada.