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Vitória em Sergipe reforça liderança de Déda no Nordeste

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Reuters

BRASÍLIA - Marcelo Déda Chagas, 46 anos, vencedor em primeiro turno ao governo de Sergipe, consolidou-se nestas eleições como uma das lideranças mais populares do Nordeste e uma das referências do PT na região. Prefeito de Aracaju por dois mandatos, Déda deixou o cargo em março para disputar o governo do Estado, que tirou das mãos do atual governador João Alves, do PFL, candidato à reeleição.

A eleição de Déda também o credencia a ocupar um dos postos de destaque no PT, assim como Jaques Wagner, eleito na Bahia. Após a revelação da série de escândalos no partido, a maioria com origem no comando paulista da legenda, Déda e Wagner passaram a defender a idéia de 'despaulistizar' a sigla. A sugestão tem o apoio de Jorge Viana, que deixa o governo do Acre em janeiro, e é um dos conselheiros mais próximos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Déda também tem relação próxima com Lula. O presidente, que batizou sua filha mais nova, é seu compadre. Analistas políticos e amigos atribuem a grande popularidade de Déda em Sergipe ao carisma pessoal, ao contato que mantém com os movimentos sociais e ao desempenho na prefeitura de Aracaju, bem avaliado pelos eleitores.

- Déda sabe conversar 'olho no olho' com a população. É um grande orador, tem facilidade de comunicação. Além disso, fez uma administração de Aracaju que a população entendeu que foi boa - comentou o cientista político da Universidade Federal de Sergipe, Carlos Franciscato.

Márcio Macedo, presidente estadual do PT, amigo de Déda e coordenador da campanha ao governo do Estado, observa que ele tem uma trajetória vinculada à história de lutas do povo sergipano.

- O povo acompanhou o crescimento dele - acrescentou Macedo, referindo-se à trajetória política do governador eleito, que começou cedo, quando ainda era estudante secundarista.