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Pescadores vão receber capacitação em escolas técnicas

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Agência Brasil

BRASÍLIA - A formação técnica e a especialização de pescadores e piscicultores poderá desenvolver, de forma consistente, o potencial brasileiro no setor', avaliou nesta segunda-feira o ministro Altemir Gregolin, da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, durante a solenidade de assinatura de acordo de cooperação com o Ministério da Educação.

O acordo prevê a implementação de cursos na área pesqueira, tanto no nível médio quanto os de formação continuada e inicial, nos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets). As escolas técnicas, situadas nas capitais litorâneas, também vão oferecer os cursos.

Segundo Gregolin, os cinco cursos de nível médio que existem no país são insuficientes para capacitar essas pessoas.

- Esse acordo vem para mostrar que não bastam políticas de fomento, como as que já temos de pesquisa, assistência técnica e a comercialização. É necessário também investir na formação de mão-de-obra, de técnicos capacitados para produzir com qualidade - explicou.

- O país - enfatizou - produz atualmente cerca de 1,5 milhão de toneladas de pescado por ano e gera pelo menos 3,5 milhões de empregos direitos e indiretos. Mas tem potencial para chegar a uma produção maior, com o desenvolvimento da pesca em regiões de águas profundas.

O secretario de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco, lembrou que já existe um centro de treinamento no estado da Paraíba e também alguns cursos tecnológicos no Rio Grande do Norte e Santa Catarina.

- Enviamos os professores para se atualizarem nos assuntos de pesca em outros países e essas pessoas vão servir como multiplicadoras do conhecimento - disse.

Os recursos, segundo ele, virão do orçamento normal do ministério, mas se houver aumento no número de matriculas, o valor poderá ser aumentado. A previsão é a de que as escolas técnicas comecem a oferecer os cursos a partir de março do próximo ano.