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CUT desmente Raupp: mínimo de R$ 420 "não quebraria o país"

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Agência Brasil

BRASÍLIA - A Central Única dos Trabalhadores (CUT) desmentiu o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), relator do Orçamento para 2007, ao afirmar que o eventual reajuste do salário mínimo para R$ 420 'não quebraria o país'.

Lembramos que em 2004 e 2005 o salário mínimo recebeu aumentos reais e, ao contrário de previsões pessimistas, não houve inflação, implosão da Previdência ou qualquer efeito negativo como o imaginado pelo senador Valdir Raupp, manifestou-se a central, em nota oficial assinada pelo presidente Artur Henrique. Tanto é que a comissão mista do Congresso que analisa o tema já trabalha com a perspectiva de aumentar o mínimo para R$ 400.

Em entrevista à Radio Nacional, nesta segunda-feira, Raupp disse que seria insustentável atender à reivindicação das centrais sindicais de aumentar o mínimo dos atuais R$ 350 para R$ 420.

A CUT alega que aumentos no salário mínimo contribuem para o desenvolvimento com distribuição de renda. Projeções feitas pelo Dieese indicam que o reajuste agora reivindicado pelas centrais injetaria mais R$ 39,1 bilhões na economia, gerando um efeito dinâmico positivo sobre o consumo e, conseqüentemente, sobre a geração de novos postos de trabalho. Argumenta ainda que a arrecadação tributária sobre o consumo cresceria em R$ 9,6 bilhões, sem necessidade de elevação da carga.