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Incra promete vistoria em fazenda, MST reclama de demora

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Agência Brasil

BRASÍLIA - O Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) marcou, entre 5 a 15 de dezembro, vistoria na fazenda Southall, no município de São Gabriel, interior do Rio Grande do Sul. A desapropriação da fazenda é defendida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que está acampado a cerca de 25 quilômetros do local. Uma decisão judicial impediu a marcha de seguir até a área.

O movimento decidiu interromper a série de marchas que realizava desde o último dia 13, à espera de definições do governo sobre a reforma agrária em terras gaúchas. Atualmente há cinco acampamentos do MST no estado, todos próximos a grandes áreas de terra. Segundo uma das coordenadoras estaduais do MST, Irma Ostroski, a União 'ficou longe' de cumprir a meta de assentar 1.070 famílias em 2006. Em todo o ano, foram assentadas 98 famílias.

- Faltou prioridade ao governo. No Incra os processos de desapropriação acabam se arrastando, e não é por falta de verba. Por outro lado, o excesso de recursos no Poder Judiciário também acaba atrasando ainda mais o processo - afirmou.

A assessoria de comunicação do Incra rebate afirmando que os dados do MST não refletem a realidade no estado, pois o número de famílias assentadas no Rio Grande do Sul em 2006 passa de 500.

Segundo o órgão, dois processos de desapropriação - em um total de 275 hectares - foram autorizados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Outros quatro estão em Brasília e só dependem de tramitação técnica para serem assinados.