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Maioria dos presidenciáveis não tem plano para preservar patrimônio, diz ACRJ

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A Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) criticou nesta segunda-feira, 3, o que chamou de descaso das autoridades com a cultura brasileira, que culminou no incêndio que destruiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, na noite de domingo, 2. A entidade lembrou que a maioria dos atuais candidatos à Presidência da República não possui nos programas de governo nenhuma menção a museus ou planos consistentes para a cultura.

Em nota, a ACRJ ressaltou que tem promovido sabatinas com os candidatos à presidência da República e a maioria também não tem propostas para a preservação do patrimônio histórico e para manter as verbas necessárias para a preservação da memória do País por meio do Ministério da Cultura.

"Mais que brigadas de incêndio, os museus precisam dotar seus espaços de mecanismos que evitem a propagação do fogo", afirmou a presidente da entidade, Angela Costa. "Um povo sem história não se valoriza, não se desenvolve. É preciso que nossa sociedade perceba a importância da cultura", finalizou.

Nos programas dos candidatos à Presidência disponíveis na internet, apenas os programas de governo do PT, PSOL e PPL fazem menção a projetos para preservar museus, e apenas o PT cita explicitamente a preservação do patrimônio cultural do País.

A nota da ACRJ lembra ainda que no Museu Nacional foi onde morou D. João VI, D. Pedro I, D. Pedro II e onde, há 196 anos, Dona Leopoldina assinou o decreto da Independência do Brasil, comemorada nesta semana.

"Fica da tragédia a tristeza e o alarme para que nossos governantes entendam que investir na Cultura não pode ser um mero ajuste de orçamento. A falta de investimentos adequados levou embora parte da nossa história", disse a museóloga e presidente do Conselho de Assuntos Culturais da ACRJ, Vera Tostes.