-->O SÚBIT O INTERESSE,de al -
guns meios de com unicação e
de setor es empr esariais pode -
r osos, pela candidatur a da se -
nador a Marina Silv a, r eco -
menda aos nacionalistas br a -
sileir os alguma prudência. A
militante ecológica é apr esen -
tada ao país como a menina
pobr e, da flor esta pr ofunda,
que só se alf a betiz ou aos 16
anos e fez brilhante carr eir a
política. T udo isso é v er dade,
mas é pr eciso sa ber o que pen -
sa r ealmente a senador a do
Br asil como um todo . Con vém
lembr ar que a senhor a Silv a
(que hoje se v ale do sobr eno -
me com um par a atacar Dilma
Rousseff) este v e associada a
entidades internacionais, e
r ece beu o apoio declar ado de
per sonalidades norte-ameri -
canas, como Al Gor e e o ci -
neasta J ames Camer on. J ames
Camer on, autor de um filme
de f orte simbolismo r acista e
colonialista,
-->A vat
a
r
-->, intr ome -
teu-se em assuntos nacionais e
participou de encontr o contr a
a construção da r epr esa de Be -
lo Monte.
A r espeitáv el tr ajetória hu -
mana da senador a pelo Acr e
não é bastante par a f az er dela
pr esidente da República. Seu
comportamento político , ao
longo dos últimos anos, sus -
cita natur al e fundada descon -
fiança dos br asileir os. Seus
admir ador es estr angeir os pr e -
gam a bertamente a inter v en -
ção na Amazônia, “par a salv ar
o m undo”. Não são os ocupan -
tes do v asto território que
ameaçam o m undo . São as
g r andes potências, com os Es -
tados Unidos de Gor e em pri -
meir o lugar , que, ao sustentar
g r andes e bem equipados
e xér citos, pr etendem go v er -
nar todos os po v os da T err a. Al
Gor e, que festejou a candida -
tur a v er de, é o mesmo que pr o -
n unciou, com todas as síla bas,
uma fr ase r epr oduzida pela
impr ensa: “ Ao contrário do
que os br asileir os pensam, a
Amazônia não é só deles, mas
de todos nós”. Desaf or o maior
é difícil.
Ninguém, de bom senso , quer
destruir a Natur eza, e será ne-
cessário pr eser v ar a vida em to-
do o planeta, não só na Ama-
zônia. A senador a Marina Silv a
tem sido inter locutor a ati v a das
ONGs internacionais, tão z elo-
sas em defender os índios da
Amazônia e d esdenhosamente
desinter essadas em ajudar os
nati v os da r egião de Dour ados,
em Mato Gr osso do Sul, dizi-
mados pela doença, corr ompi-
dos pelo álcool e, não r a r a s v e-
z es, assassinados por sicários.
Ar gumente-se, em f a v or da
senador a, que o seu fer v or qua-
se apostólico na defesa dos po-
v os da Flor esta dificulta-lhe a
visão política ger al. Mas seu
apego a uma só bandeir a, a da
ecolo gia r a dical, e o fundamen-
talismo r eligioso pr otestante
que pr ofessa, r eduz em as per s-
pecti v as de sua candidatur a.
Com todos os seus méritos e vir-
tudes, não é p r o váv el que en-
tenda o Br asil em toda a sua
comple xidade, em toda a sua
inquietude intelectual, em toda
a sua mar a vilhosa di v er sidade
r egional. As con v eniências da
campanha eleitor al já a desvia-
r a m de alguns de seus compr o-
missos juv enis. Esse seu pr ag-
matismo está mer ecendo a aten-
ção do e x-pr esidente F ernando
Henrique, que pr etende um se-
gundo turno com a aliança entr e
Serr a e Marina. Como sempr e
ocorr e com os palpites políticos
do e x-pr esidente, essa declar a-
ção é pr ejudicial a
Serr a e, pr o -
v a v elmente, também a Mari -
na. Ela, vista por m uitos como
inocente útil daqueles que nos
quer em r oubar a Amazônia, é
vista pelo e x-pr esidente como
inocente útil da candidatur a
dos tucanos de São P aulo . É
possív el desculpar a ingen ui -
dade na vida com um, mas ja -
mais aceitá-la quando se tr ata
das r azões de Estado .
J osé Serr a poderia ter tido
outr o desempenho eleitor al,
se ti v esse desouvido alguns de
seus aliados, como F ernando
Henrique, que lhe de bitou a
política de pri v atizações, e Ce -
sar Maia, que lhe impôs o in -
con v eniente e tr o glodita Indio
da Costa como vice.-->O apego de Marina
a uma só bandeira
e o fundamentalismo
r eligioso não a ajudam