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Pesquisa de intenção de voto mostra polarização aguda diante da grave crise política

Soma dos que rejeitam todas as tendências com os de esquerda e de direita chega a 90% do eleitorado

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A pesquisa de intenção de voto para a eleição de 2018, divulgada nesta segunda-feira (26) pelo Datafolha, evidencia a polarização no eleitorado, num cenário de grave crise política no país.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar de estar enfrentando pesadas denúncias amplamente divulgadas pela grande mídia há seis anos - desde o mensalão - segue na liderança, com 30% das intenções de voto.

>> Datafolha: Lula lidera intenção de voto, com 30%

Uma análise sobre as demais preferências do eleitorado revela que a radicalização tem se acirrado, tanto para a direita quanto para a esquerda.

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) aparece em segundo, variando entre 15% e 16% das intenções de voto, dependendo do cenário. Ele representa o eleitorado da extrema direita, revoltado com a classe política envolvida com corrupção e querendo medidas drásticas e severas.

Por outro lado, aqueles que votam em representantes da esquerda (Lula, Marina Silva - Rede, Ciro Gomes - PDT, Luciana Genro - Psol e Eduardo Jorge - PV) somam 54%. Há ainda uma média de 20% que rejeitam qualquer tendência política, e votariam em branco ou nulo.

O curioso é que, na pesquisa, o senador José Sera (PSDB), apesar de ser um dos principais nomes de seu partido, não aparece como opção de candidato tucano nos cenários apresentados

Somando os claramente de esquerda, os claramente de direita e os que rejeitam todos os candidatos, chegamos a um universo de 90% do eleitorado. Uma esmagadora maioria que aposta nos extremos ou, também de uma forma aguda, rechaça qualquer tendência. Um reflexo da polarização, do acirramento do ódio e da radicalização que se consolidou diante da crise política sem precedentes no país.