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No Uruguai, Dilma Rousseff dá declaração de sabotagem ao próprio país

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Em sua primeira viagem para fora do Brasil depois de sofrer processo de impeachment, a ex-presidente Dilma Rousseff defendeu, neste fim de semana, durante evento realizado por movimentos sociais no Uruguai, que se a Venezuela for expulsa do Mercosul, o mesmo deve ser aplicado em relação ao Brasil, em analogia à instabilidade política e econômica vivida pelos dois países.

O Jornal do Brasil, que sempre respeitou Dilma Rousseff e seu mandato na Presidência da República, se sente quase na obrigação de pedir desculpas aos seus leitores, tal é o grau de gravidade da afirmação da ex-mandatária. Um político brasileiro, seja ele um vereador ou o presidente da República, que fala mal de seu próprio país no exterior não pode e não merece viver nele. Muito menos usufruir do dinheiro público com assessores, transporte e segurança, como vive um ex-presidente da República, enquanto o povo que elegeu Dilma sofre o dia a dia do desemprego e da queda na produção.

Recebendo homenagem em um país que também enfrenta dificuldades, mas com gestões melhores que a dela, Dilma deveria refletir melhor quando compara a crise de um outro país, no caso a Venezuela, ao Brasil e condiciona a manutenção deste à daquele no Mercosul. O que seria do Mercosul se a declaração apátrida da ex-presidente fosse realmente levada a sério? Levando-se em conta a importância do Brasil para o bloco, o que seria dos demais países com a saída da maior nação do mercado comum? Imaginem o Brasil parando de importar do Uruguai, como já vem acontecendo com a Argentina, ou criando tarifas para esses países. O que seria deles?

Depois de ter sido parte importante da destruição do Partido dos Trabalhadores, ao qual Dilma nunca pertenceu, embora tenha chegado ao poder por meio dele, a ex-presidente, agora, parece querer destruir os países e o bloco do Mercosul. Não é outra a conclusão diante de tal declaração sabotadora do próprio país.