O Brasil assiste nesta quarta-feira (27) à decisão de desembargadores do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF) sobre a permanência ou não do ex-dono da Delta Fernando Cavendish, do bicheiro Carlinhos Cachoeira e de outras duas pessoas em prisão domiciliar ou se eles devem voltar ao regime fechado.
Cavendish, Cachoeira, Adir Assad e Marcelo Abbud foram presos na Operação Saqueador, em 30 de junho, e levados para o presídio de Bangu 8. Contudo, uma decisão liminar do Superior Tribunal de Justiça fez com que eles deixassem a cadeia.
Após as prisões, o então relator do caso, desembargador Ivan Athié, converteu a preventiva em prisão domiciliar e estendeu a decisão aos demais detidos. Contudo, Athié acabou declarando-se suspeito após vir à tona o fato de que Cavendish tinha sido defendido pelo mesmo advogado que havia atuado em favor do desembargador em processo no STJ. Cavendish acabou trocando de advogado na ocasião.
Estes envolvidos são citados não apenas na Lava Jato, mas em diversas outras suspeitas de irregularidades - como inclusive o mensalão. São acusados de crimes que vêm destruindo o país nos últimos anos. Crimes que vêm mergulhando o Brasil numa profunda crise econômica que desemboca em elevadas taxas de desemprego, compromete o ensino, a segurança e a saúde públicas.
O país tem a certeza que esses três magistrados do TRF dignificam não só a Justiça brasileira, como são exemplos de magistrados no Rio de Janeiro.
Há uma grande preocupação por parte de alguns políticos que são conscientes de seus envolvimentos na corrupção do Rio de Janeiro. Um dos "capos" envolvido pode inclusive ter também envolvido em lavagem de dinheiro profissionais ligados a seu governo, o que parece constar em delação de um dos executivos de uma grande empreiteira do Rio de Janeiro.
O país, iluminado, está com seu Farol voltado para esse julgamento.