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As mordomias dos delinquentes e o sofrimento do povo desempregado

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É fantástico ver o contraste entre o povo desempregado e os punguistas deste povo, que fazem com que crianças morram em desastres aéreos, cães andem de avião pago pelo Estado, que frequentam Paris como proprietários, mesmo já citados há várias CPIs. 

As conclusões são absolutamente óbvias. Alguns passam dias de férias nas cadeias, pagas pelo povo - a mordomia de um preso é dada pelo Estado, e o Estado é o povo. O povo se desemprega, não tem casa para morar, não tem água para beber nem comida para comer. E eles esbanjam de guardanapos e champanhe, e frequentam festas miliardárias de brasileiros que se escondem do Imposto de Renda e da Justiça casando seus filhos no exterior. Se empanturram de champanhe, caviar e foie gras, recebem condenação, passam à delação e andam de tornozeleiras.

Na foto abaixo, a população de rua no Mergulhão, no Centro do Rio. Acima, à esquerda, uma mansão de Sérgio Cabral em Mangaratiba; à direita, o apartamento de luxo de Cavendish, no Leblon. Abaixo, à esquerda, Ibiza, onde Cavendish está foragido; à direita, o luxuoso sítio onde Nestor Cerveró cumpre prisão domiciliar, em Itaipava

Por terem delatado, "sofrem" o privilégio de voltarem para as suas mansões claramente conquistadas com o produto do roubo - que a Justiça não sequestra. E o produto do roubo é parte direta da desgraça de um país com mais de 200 milhões de habitantes.

Não delatam tudo, como agora se vê no presidente da Setal, pois lhe sobrava alguma "dignidade" para proteger alguns dos corrompidos que, quando não denunciados, podem continuar a servir sua quadrilha. Muitas vezes até porque a lei que os prejudicam mudam, ajudando a delinquentes - reconhecidos pelas Justiças brasileira e internacional - a se protegerem.

E o Brasil? Parece que tudo era mentira, pois sua moeda se torna a mais forte no mundo no momento. Enquanto todas as moedas caem frente ao dólar, a do Brasil se fortaleceu 23% sobre o mesmo dólar. 

Mas como isso? Não há importações porque não há consumidor. Não há consumidor porque além dos brasileiros desempregados, os que estão empregados ainda vivem da "mão para a boca". Supérfluo, nem o nome.

Com o real forte, os que podem vão gastar como sempre gastaram: no exterior. As commodities brasileiras, baratas, alimentam o mundo com fome. A indústria acaba de quebrar. Ou melhor, prefere fechar as portas até quebradas.

O que é isso? Para conter a inflação? Com os juros nos níveis que estão? Com a clara recessão que se vive?

Só sobra uma pergunta: os bancos estavam comprados de dólar? Aliás, quem sabe alguns desses senhores entendam de dólar desde criancinha.