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Brasil perde grau de investimento que recebeu também em uma quarta-feira do ano de 2008

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O Brasil obteve em uma quarta-feira de abril (30) de 2008 o título de grau de investimento. A Standard & Poor's foi a primeira das três principais agências de classificação de risco a conceder ao Brasil o selo de bom pagador. Isso aconteceu no governo do presidente Lula. Agora, a agência é a primeira a colocar o Brasil de volta ao grau especulativo.

Na época, a nota de crédito (rating) para moeda estrangeira subiu de BB+ para BBB- com perspectiva estável e a nota para moeda local passou de BBB para BBB+, também com perspectiva estável. O rating para moeda local de curto prazo foi ajustado de "B" para "A-3".

Na quarta-feira (9/9) a Standard & Poor's cortou a nota de crédito do Brasil, retirando o selo de bom pagador do país. O Brasil teve a nota rebaixada de BBB- para BB+. A agência colocou a nota em perspectiva negativa, o que indica a possibilidade de novos rebaixamentos. Vale destacar que a possibilidade de perda de grau de investimento já vinha sendo alertada pelo JB. Em agosto deste ano, artigo publicado pelo Jornal do Brasil alertava que empreiteiras investigadas na Lava Jato faziam parte do grupo "que está levando o Brasil a perder o investment grade e a se transformar num vulcão social." 

Para desespero, na área econômica e social no Brasil o rebaixamento ainda é menor que a campanha que muitos fazem contra seu próprio país para atingir os governantes.Se esquecem que sempre vivemos sem o investment grade em governo anteriores a 2008. 

>> Agência de risco S&P corta nota do Brasil para grau especulativo

Naquele momento em que recebemos a nota, já eram contra o governo do presidente Lula e existiram, inclusive, declarações contra o próprio investment grade. Tiveram declarações como essa do diretor executivo, da corretora de câmbio NGO, Sidnei Moura Nehme: “Esse grau de investimento veio em um momento difícil em que o dólar está com a cotação baixa. Isso vai facilitar o ingresso de moeda estrangeira e a cotação vai ficar mais baixa ainda. É uma coisa boa, mas para o Brasil é perigosa”,  afirmou Sidnei.

Também em 2008, o economista chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) Nicolas Tingas, alertou apenas para um “movimento especulativo nas bolsas em curto prazo”, mas disse que “o Brasil terá novas oportunidades de atração de recursos”. Essa foi uma declaração bem recebida na época.

Brasileiros estão fazendo uma campanha negativa. O que o Brasil precisa hoje é rearrumar sua economia e sua vida política. Talvez tenha sido por a economia estar muito mal que houve mudança de governo em 2002. Mas mesmo com a mudança de governantes viemos a receber o título de grau de investimento em 2008.