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Ato falho recorrente

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Em recente entrevista "exclusiva " ao blog da revista Veja, comandado pelo jornalista  Geraldo Samor -  link https://veja.abril.com.br/blog/mercados/, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, faz uma análise de seu projeto de ajuste fiscal, das dificuldades encontradas e das superações exigidas - todas as considerações em uníssono com o discurso tantas vezes explicitado. 

Ocorre que ao final da entrevista (ouvir áudio), o ministro incorre em uma infeliz colocação ao afirmar que irá colocar a fiscalização da Receita Federal em cima das empresas, e aquelas que apostarem em um novo Refis, que atrasos e postergações de pagamentos de impostos não serão perdoados.

O sinal emitido pelas palavras e a frase podem soar aos ouvidos dos empresários uma operação de caça ao raspo de tacho, e que soltar os cachorros em cima de impostos e coleta de tributos virou um fim em si mesmo, sem racionalidade ou prudência.

De fato todos devem pagar seus impostos e contribuições em dia, da mesma forma que o próprio Estado também tem obrigação com seus pagamentos e desembolsos. A última coisa que o Brasil precisa agora é ver em qualquer fiscal da receita ou auditor um funcionário da "derrama"  e práticas de devassa.  

Convém relembrar ao ministro que tais "atos falhos" de comunicação e formas em nada colabora para a tranquilidade necessária ao bom funcionamento da economia e do próprio ajuste fiscal. Fica o tema para uma reflexão...  A caça ao boi no pasto e os fiscais do "cruzado" são elementos de um afronte populista e  sua reedição não pode configurar um "caça fantasma".