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A união de que o Brasil precisa

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No programa do PT que irá ao ar na noite desta quinta-feira (6), a presidente Dilma Rousseff novamente pregará a união nacional. “Quem pensa que nos falta energia e ideias para vencer os problemas, está enganado. Sei suportar pressões e até injustiças. Eu tenho o ouvido e o coração neste novo Brasil que não se acomoda. [...] Juntos, vamos sair dessa."

A união que prega Dilma não significa que partidos de oposição participem do governo, mas que participem, sim, da reconstrução de um Brasil novo. Um Brasil novo, porque esta crise moral que se abate sobre o Brasil só chegou ao conhecimento público por causa da dignidade e da competência dos jovens procuradores do Ministério Público e juízes, depois que as indicações feitas pelo processo político não lhes permitia desconhecer a lei, fosse quem fosse o julgado. 

Quantos e quantos anos se passaram no Brasil  com casos de corrupção que nunca se tornaram públicos, mas que são ostensivos, nos quais se vê a fortuna de políticos que nunca tiveram nada, e que hoje exibem riqueza sem a menor cerimônia. Nunca empregaram, nunca construíram. Sempre foram só aquilo que o povo, enganado, lhes oferecia nos mandatos. Quantos podem bater no peito como bate o ex-senador Pedro Simon, que com 80 anos de vida e 60 de atividade parlamentar, continua um franciscano. 

Não precisamos ir ao "rouba mas faz". Podemos ficar só no contemporâneo, nos carros que alguns desses miliardários ostentam em Miami, com o sangue dos trabalhadores brasileiros. Outros mais sofisticados preferem Paris, se não para morar, para frequentar os bons e caros restaurantes e comprar nas melhores lojas de grife. 

A união de que o Brasil precisa, a energia de que o Brasil precisa, é a união e a energia daqueles que realmente se importam com a nação e seu povo. Daqueles que sabem agir com responsabilidade e que põem o país acima dos interesses pessoais, e não dos que preferem fazer o Brasil mergulhar num poço sem fundo, com graves consequências para seu povo, apenas por vingança.

As instituições brasileiras estão, e são fortes.