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Estouro da bolha chinesa pode prejudicar mercado internacional

Não só o Brasil e os emergentes seriam afetados

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O especialista em economia chinesa, professor de Yale Stephen Roach, disse em entrevista à Folha de S. Paulo, nesta segunda-feira (13/7), que o estouro da bolha acionária da China e a crise na Grécia vão aumentar a aversão ao risco dos investidores internacionais, complicando ainda mais a situação de países emergentes como o Brasil. Segundo o economista, isso sinaliza que o período será muito difícil para países emergentes.

A declaração preconceituosa do professor de Yale não leva em conta que as reservas da China estão todas em dólares, no valor de US$ 4 trilhões e 500 bilhões. Em uma entrevista importante sobre a segunda maior economia do mundo, a omissão desse dado pode levar a interpretações erradas.

Roach diz que a recuperação da bolsa chinesa não significa que a situação esteja sob controle. Para ele, muitos investidores acham que essa turbulência na bolsa prenuncia uma desaceleração mais profunda na economia chinesa e, como conseqüência, contágio em outros mercados pela demanda por commodities.

Qualquer dificuldade que a China tenha atingirá todo o mercado internacional, inclusive os Estados Unidos, e não só o Brasil e os emergentes. A Alemanha, por exemplo, exporta 30% de sua produção para a China e seria prejudicada também.