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O vergonhoso silêncio dos cartolas, e as constrangedoras declarações de ex-jogadores

Ronaldo agora acha 'revoltante', mas sempre mostrou intimidade com alto escalão da Fifa

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O silêncio dos dirigentes do futebol brasileiro sobre o escândalo de corrupção na Fifa, envolvendo também dirigentes e empresários brasileiros, foi e está sendo, no mínimo, vergonhosa. 

Oito dias após a deflagração da operação que prendeu, entre outros dirigentes, o vice-presidente da CBF, José Maria Marin, e depois de inúmeras revelações de supostos envolvimentos de mais dirigentes da alta cúpula, representantes do nosso futebol se calam de forma constrangedora.

Os ex-jogadores Romário, Ronaldo e Pelé foram os poucos a darem declarações. Romário aplaudiu a operação e defendeu a prisão de mais dirigentes, inclusive de Marco Polo Del Nero. Remando na direção contrária, Pelé defendeu a reeleição de Blatter, afirmando que ele tinha experiência para permanecer na presidência da Fifa (poucos dias depois, o próprio Blatter anunciou sua renúncia e convocou novas eleições). Já Ronaldo, que trabalhou para a CBF e para a Fifa durante a Copa de 2014, dirigindo o Comitê Organizador Local, agora afirma que acha "revoltante" as revelações de corrupção e defende a saída de Del Nero da CBF.

Aliás, as relações de Ronaldo com a Fifa iam além de dirigir a COL. Ele mostrava íntima relação com o alto escalão. Inclusive, durante a Copa das Confederações, Jérôme Valcke , secretário-geral da Fifa, alugou a cobertura de Ronaldo na praia do Leblon durante o período do torneio  para hospedá-lo, junto com a família. De acordo com o colunista Lauro Jardim, Valcke pagava generosos R$150 mil de aluguel.