Há muito tempo não se via uma sabatina como a de terça-feira (12), com Luiz Edson Fachin, onde a tentativa de desmoralizar um homem de bem fosse usada, por dois ou três parlamentares, de uma forma que dá ao parlamento, principalmente ao Senado, um conceito que não merece. Mas quem não merece é o povo, porque são parlamentares que representam o povo.
Tentaram desmoralizar um homem de reputação ilibada, de formação profissional que enfrentou dificuldades iguais às que enfrentam 2/3 da população brasileira. População que, por causa da pobreza devastadora, encontra imensa dificuldade de ter acesso a um bom estudo.
Enquanto alguns que o interpelaram tiveram em suas infâncias escolares o privilégio de seus pais proporcionarem colégios caros e importantes no exterior, Fachin ia para a roça capinar para poder estudar.
O Brasil espera que o Senado tenha a oportunidade de sabatinar, daqui para a frente, homens como Fachin.
O pecado foi assistir a quem pode pagar em moeda estrangeira seus caros patronos, criticar quem, com sua formação social, atende clientes que a pobreza não lhes permite procurar esses caros patronos e, sim, homens de saber e de sentimento acima da usura e da exploração.
Em seus lides, muitas vezes exploram aqueles que têm uma história parecida com a de Fachin, mas que não tiveram a mesma sorte dele.