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Youssef nega que Palocci tenha pedido dinheiro para a campanha de Dilma

Afirmação contraria denúncia de Costa. Delinquentes continuam a debochar do povo

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Em seu depoimento à CPI da Petrobras, feito em Curitiba nesta segunda-feira (11), o doleiro Alberto Youssef negou ter recebido qualquer pedido de Antonio Palocci para a campanha da presidenta Dilma Rousseff em 2010. "Não conheço Antônio Palocci e ele nunca me fez nenhum pedido para que eu angariasse dinheiro para a campanha de Dilma em 2010. E eu creio que Paulo Roberto esteja equivocado com referência a esse assunto", disse Youssef.

A declaração contesta o depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que disse que o então deputado petista Antonio Palocci pediu R$ 2 milhões para Youssef. As contradições destes verdadeiros delinquentes mostram o quanto inconsistentes são estes depoimentos. E o pior é que o Brasil continua a assistir a este triste espetáculo de ladrões que contradizem uns aos outros, como se fosse possível levá-los a sério. O povo preferiria ouvir depoimentos de Fernandinho Beira-Mar do que de Costas e Youssefs da vida. Ele seria levado mais a sério do que estes ladrões que mancham a imagem do Brasil e comprometem até a economia nacional com suas irresponsabilidades e inconsequências.

E o pior é que esses delinquentes, com este tipo de depoimento, são ouvidos com todos os ritos solenes pelos parlamentares que o povo elegeu. Debocham cinicamente dos parlamentares que o povo elegeu. Ofendem assim este mesmo povo, ofendem a própria imagem do país. E estes parlamentares ainda gastam dinheiro público para ir até Curitiba ouvir esses delinquentes, que já mostraram que não podem ser levados a sério.

Estes ladrões estão dando um gigantesco prejuízo ao país, com a repercussão mundial do escândalo e com seu impacto econômico-financeiro. E eles, cínica e ironicamente, debocham dos nossos representantes, dos nossos parlamentares, dizendo que daquela Casa, que é nossa, que é a Casa do povo, saíam muitos delinquentes. 

Imaginem, senhores, se o povo, já cansado dessas acusações que agora são contra ele, o povo que já foi roubado, imaginem este povo reagindo a tudo isso.

Quando um pobre morre por qualquer tipo de sorte, sua família mergulha em desgraça. Um delinquente como estes da Lava Jato destrói a economia do país, tenta destruir uma das maiores empresas de petróleo do mundo, e se apresenta com ternos de corte sofisticado e sapatos engraxados para dar depoimento. Com que dinheiro? Esses senhores já tinha que estar de camisola de prisioneiros, e não com ternos sofisticados. Afinal, o produto do roubo deles é que está sustentando suas famílias. As famílias dos pobres presos - ou mortos - não têm a mesma sorte.