ASSINE
search button

A importância do Brasil na economia mundial e as prioridades sociais

Compartilhar

O crescimento da importância do Brasil para o mundo nesta última década deve permitir reflexões de todo o tipo, pelo viés econômico, de segurança, social, pela responsabilidade que o país tem em função da sua população, da sua importância econômica e da sua importância social para toda a América do Sul, com reflexos para a América Latina e até Europa.

O Brasil, com 210 milhões de habitantes, com o volume de dinheiro e de negócios que movimenta, representa uma força expressiva, com absoluto protagonismo na América do Sul.

Certamente, a América Latina e a própria Europa também têm consciência da importância e da relevância política e econômica do Brasil. Afinal, tirando os EUA, o Brasil é o quinto país no mundo em relações comerciais com a União Europeia, responsável por 37% do comércio da UE com a região latino-americana. Quanto aos investimentos, o Brasil detém 43% do portfólio de investimentos da UE na América Latina.

A UE é o principal parceiro do Brasil, sendo responsável por 20% das exportações totais (2012). Nos últimos 5 anos, o comércio bilateral entre a UE e o Brasil cresceu uma média de 8,4% ao ano.

Não é à toa que empresas e instituições europeias escolheram o Brasil para ampliar seus investimentos, como o banco Santander, a TIM, a Volkswagen, a Peugeot, a Renaut, a Philips, entre tantas outras. E estas filiais, como foi o caso do Santander, muitas vezes socorreram suas matrizes que passavam por dificuldades, nos difíceis anos de recessão europeia.

O recente investimento que a China fez, oferecendo empréstimo de quase 4 bilhões de dólares à Petrobras, provoca reações de raiva por conhecidos defensores de um Brasil submetido à política do capital estrangeiro.

A China, que hoje fala alto no campo financeiro por suas reservas de quase 4 trilhões de dólares, controla quase toda a infraestrutura de países africanos. Responsável pelo alívio do comércio europeu, não é mais aquela China que preocupava os reacionários, quando até a segurança nacional reagia contra o grupo de chineses no Brasil. Hoje, a China representa o desenvolvimento do mundo.

A China parceira, trazendo tecnologia para o Brasil, é muito mais importante para o futuro do país com mais de 65 milhões de menores de 18 anos do que aquela velha política da exploração, que nos dava chocolates e plásticos.

Os governos ocidentais são conscientes de quanto é importante a parceria do Brasil. São conscientes também que será muito difícil não só para esse continente, como principalmente para o  Brasil, voltar a governos conservadores com políticas entreguistas, principalmente sem perceberem que a inclusão social é mais importante que a inflação. 

A preocupação com o mercado, com a inflação - cujo desempenho não deve ser desdenhado e nem abandonado - só pode existir se existir também um povo que tenha saneamento básico, educação e saúde. O problema social vem muito à frente das prioridades de resolução de um governo.