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O estrago do Brasil não se restringe ao prejuízo levantado

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O volume de investimentos aplicado pela Petrobras representa mais que a metade dos investimentos do governo brasileiro. Uma crise dessas proporções, pela qual passa a estatal, não a arrastra somente, arrasta o próprio país. O Jornal do Brasil tem afirmado que não acredita que a atual presidente Graça Foster tenha qualquer tipo de envolvimento por omissão, por desídia, ou por conivência com a crise e com os corruptos revelados pela Operação Lava Jato. Mas é fundamental uma reflexão de todas as autoridades brasileiras. 

A Petrobras se internacionalizou não só na sua competência de investimentos, indo prospectar petróleo, mas também aceitou que sua área financeira fosse buscar investidores no mundo inteiro. A legislação na Europa e, principalmente, nos Estados Unidos, é extremamente rígida. Uma interpretação que possa contrariar ou pôr em dúvida os resultados da Petrobras ou a sua condução por dirigentes -- mesmo se não envolvidos mas, simplesmente, acusados -- pode causar estragos irreparáveis para a imagem da empresa e para o país. 

>> Petrobras adia publicação do balanço do terceiro trimestre

Chegou o momento no qual o sacrifício de homens honestos para salvar a Petrobras deve ser importante. Como é importante também, definitivamente, a intervenção da Justiça, bloqueando e desapropriando todos os dirigentes e empreiteiros, verdadeiros responsáveis por essa sangria que o povo brasileiro já está sofrendo, podendo sofrer muito mais. É preciso levá-los não só ao cárcere, mas a se privarem de todos os seus bens patrimoniais.

O estrago do Brasil não se restringe à esse prejuízo levantado. O estrago do Brasil é não sabermos quanto tempo a sangria durará. Por isso, a sanção contra esses criminosos tem que ser muito maior.