Fazendo uma análise dos números do primeiro turno das atuais eleições presidenciais, e uma comparação com as eleições para prefeito de 2012 e para a Presidência em 2010, traça-se um roteiro importante para o segundo turno que está por vir.
A candidata do PT, Dilma Rousseff, obteve 26% dos votos válidos na capital paulista, o que representa 1,6 milhão votos. Quando eleito, o prefeito Fernando Haddad, também do PT, somou 3,3 milhões votos.
Dilma precisa recuperar esses votos que são potencialmente do PT, e chegar aos mais de 3 milhões de voto na capital paulista, que possui um total de 8,6 milhões de eleitores. Conseguindo isso, ela supera inclusive a votação que teve no primeiro turno de 2010 na capital paulista - 2,5 milhões de votos, 38% do total dos válidos.
Se, além disso, Dilma angariar parte dos 14% dos votos que foram para a candidata do PSB, Marina Silva, em Minas Gerais (onde o PT teve uma significativa vitória no primeiro turno das eleições, com 5,3 milhões de votos) e consolidar sua larga vantagem no Nordeste, Dilma vai oferecer grande perigo ao seu opositor.
Mas se Dilma não conseguir somar estes votos potenciais e se Aécio Neves mantiver o que conquistou, conseguir somar mais 5% dos votos em Minas Gerais, conquistar 60% dos votos de Marina e somar pelo menos mais 10% de votos no Nordeste, o tucano dificilmente perderá as eleições.