A reportagem da revista Veja que traz o suposto depoimento ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa à Polícia Federal afirma que de acordo com a lógica que predominava na assinatura dos contratos bilionários da Petrobras, as empreiteiras contratadas pela companhia tinham, obrigatoriamente, que contribuir para um caixa paralelo, cujo destino final eram partidos e políticos de diferentes partidos da base aliada do governo. Teria afirmado ainda que o operador encarregado de fazer a ponte com o esquema era o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto.
Os ex-governadores citados na reportagem foram Sérgio Cabral (Rio de Janeiro) e Eduardo Campos (Pernambuco), e ainda Roseana Sarney, governadora do Maranhão. E quais são as empreiteiras com obras nesses estados?
Documentos da Operação Lava-Jato, deflagrada pela Polícia Federal, mostram que o doleiro Alberto Yousseff teria intermediado doações para deputados e também para diretórios de partidos. Nos documentos, consta que o PP e o PMDB de Rondônia receberam aportes de dinheiro nas eleições de 2010.
Yousseff teria tratado das doações com representantes das empresas Queiroz Galvão e Jaraguá Equipamentos, ambas fornecedoras da Petrobras em empreendimentos como a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
Vale destacar que Camargo Corrêa, OAS, UTC e Constran já estão sendo investigadas a partir do que a PF descobriu sobre Youssef e sua participação no esquema.