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Uma eleição cheia de acidentes

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O acidente de avião que matou Eduardo Campos pode ter ido além de uma tragédia para a história dos homens públicos brasileiros. Pode também ter transformado a história política de um país que vivia um momento em que o povo não acreditava no quadro político, não identificava quem pudesse representá-lo com a mesma vontade que o povo tem de ter representantes.

Vontade manifestada pelo povo brasileiro nos "acidentes" das manifestações, das passeatas, dos ônibus incendiados, dos motoristas que não aceitam mais as decisões de seus governantes que contrariam as decisões judiciais, dos confrontos nos centros urbanos, das greves de segmentos da população que poderiam formar o país, como os professores.

Povo que não aceita mais a tentativa de desrespeito aos contratos, quando o favorecido deveria ser este mesmo povo. Desrespeito que acontecem também com relação às grandes empresas, que se sentem prejudicadas quando o governo também não cumpre os contratos.

O povo não aguenta mais as intervenções arbitrárias nas favelas, a violência, a falta de segurança, os desmandos. O povo busca um líder.

Poderia este cenário sofrer outras alterações, permitindo que em plena crise de recessão econômica que estamos entrando, o Brasil não precisasse sofrer mais dois meses, até o segundo turno, para ter um presidente. Um acidente político, pelo interesse nacional.