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Não se pode perdoar que Israel use o futebol para debochar do Brasil

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O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, reagiu com bastante violência à decisão do governo brasileiro de retirar nosso embaixador daquele país. O chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, já havia classificado como "genocídio" os ataques de Israel contra Gaza.

O direito da reclamação do porta-voz - que fala em nome do governo e portanto a reação é do governo de Israel - é absolutamente normal. A retirada de um embaixador brasileiro pelo governo brasileiro é uma posição política do chefe de Estado. No próprio país do chefe de Estado que tomou esta decisão pode haver diferenças de posição das políticas diplomáticas.

O que não se pode perdoar é que o porta-voz agrida o povo brasileiro, com deboche e sarcasmo, fazendo comparações com o futebol, paixão deste povo que tão carinhosamente hospeda a colônia israelita há tantos anos em nosso país.

Não se pode perdoar a agressão usando o resultado de uma partida de futebol. Só podemos admitir que essa reação tenha sido a reação de dor com relação à sua história do passado com o atual campeão do mundo. Já dizia Augusto Frederico Schmidt, "sofrer passa, ter sofrido não passa nunca".

Que esse porta-voz e que também este governo - já que o porta-voz falou em nome do governo de Israel - rezem mais no Yom Kippur.