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Eleições: as projeções para o 2º turno e as dúvidas que ficam no ar

De onde viriam os votos que fariam Aécio saltar de 20% para 40% das intenções?

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De acordo com a pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (17), Dilma Rousseff registrou mais uma queda nas intenções de voto dos eleitores. Esta queda é um reflexo da perda de apoio da presidenta nos Estados, o que já havia sido antecipado pelo Jornal do Brasil em editorial publicado no dia 24 de fevereiro.

>> Eleições: Dilma tem pela frente um cenário bem diferente do que Lula enfrentou

Na pesquisa divulgada pela Datafolha - importante instituto que, pelo seu prestígio, presta serviços até para consultas no exterior - Dilma aparece com 36% das intenções de voto, Aécio Neves com 20% e Eduardo Campos com 8%.

O que surpreende analistas na pesquisa são as projeções para o segundo turno das eleições: Dilma aparece com 44% e Aécio, com 40% - ou seja, Dilma cresceria apenas 8% enquanto que Aécio, 20%.

Esta projeção indica de que Dilma não herdaria a maioria dos votos de Eduardo Campos, apesar de suas ligações estarem bem mais próximas a Lula do que a Aécio. E também que os votos dos chamados nanicos também não migrariam com tanta força para Dilma, apesar de eles em sua maioria serem de partidos da extrema esquerda (José Maria - PSTU, Eduardo Jorge - PV, Luciana Genro - Psol, Rui Pimenta - PCO, para citar alguns, e que somam 4%). E ainda que os que agora manifestam o desejo de votar em branco, nulo ou em nenhum candidato, e os que não sabem em quem votar - que somam 17% - também dificilmente migrariam para Dilma.

A pesquisa Datafolha ouviu 5.377 eleitores em 223 municípios entre terça (16) e quarta-feira (17) desta semana - um levantamento de grandes proporções e que requer pesado investimento. Neste mês, o Datafolha realizou outras pesquisas envolvendo Copa do Mundo e ouvindo um total de 5.468 pessoas.