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A anomia do Estado

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Em um momento em que o país se prepara para mergulhar em uma eleição, acontecimentos lamentáveis como o mensalão, o escândalo da Petrobras, a crise do setor de energia estão em foco - e ainda assim o líder de oposição possui somente 19% das intenções de voto, segundo a mais recente pesquisa divulgada pelo Datafolha nesta última sexta-feira (6). Por outro lado, o candidato que, supostamente, seria o responsável direto por todos esses problemas arranca na frente, com 35%. Outro candidato - o último dentre os três principais que possivelmente protagonizarão a disputa eleitoral de 2014 - que faz uma campanha apoiado no que o povo gostaria de ouvir e tenta passar uma imagem simpática, só possui 7% das intenções de voto.

A disputa eleitoral possui outros candidatos. Um deles, com 4% das intenções de voto, acumula o percentual daqueles eleitores que desistiram de qualquer coisa. Não são 4% de confiança: são 4% que representam o eleitorado que não quer jogar o voto no lixo, e sim que pretendem usar o voto como protesto contra o quadro geral traçado para essa eleição. São os 4% dos candidatos Tiriricas.

Isso nos permite ter certeza da crise que o Brasil começa a vivenciar. Caos no setor de petróleo e no sistema energético de eletricidade, déficit assombroso na balança comercial, uma inflação que atinge fundamentalmente os setores da alimentação e da saúde. O Brasil está mergulhando em um momento de proporções que o JB acredita nunca terem sido antes vistas em qualquer outra crise enfrentada pelo país.

O patriotismo com humildade parece não ser o comportamento desses pré-candidatos, senhores que herdaram suas lideranças - seja de ex-presidentes, seja de antepassados de forte influência história na política. Esses possíveis candidatos deveriam propor, nesse momento preocupante, pelo bem do povo brasileiro uma União Nacional. Só assim os grandes problemas pelo qual o país atravessa poderiam ser discutidos para que, desse modo, pudessem aparecer finalmente soluções.