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Quem é essa gente que duvida da segurança brasileira?

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O chefe de segurança da Federação Inglesa (FA) afirmou que autoridades do país estão “histéricas” e apavoradas com a qualidade da segurança que será oferecida aos turistas, dirigentes e jogadores da Inglaterra durante a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. O principal temor dos ingleses estaria relacionado à localização do hotel no qual a seleção ficará concentrada durante o torneio. O Royal Tulip Hotel fica próximo à Rocinha.

Surpreende esta reação dos ingleses, tão acostumados à selvageria dos hooligans - torcedores que espalham terror e morte nos estádios de futebol da Inglaterra. Estádios que viram em 1989 sua maior tragédia, quando 96 torcedores morreram durante partida entre Liverpool e Nottingham Forest, pela semifinal da Copa da Inglaterra, no estádio Hillsborough, do Sheffield Wednesday, devido à superlotação. 

Ou parece que eles se esqueceram do caso Jean Charles, o brasileiro morto por engano em 2005 num vagão de metrô em Londres. Jean foi confundido com um suporto terrorista, mas não teve tempo sequer de dizer quem era. Foi fuzilado pela unidade armada da Scotland Yard 

Ou ainda devem ter se esquecido da misteriosa morta de Lady Di que, mesmo tendo acontecido na França, deveria merecer por parte da polícia inglesa uma investigação mais rigorosa.

Em 1972, o mundo assistiu aterrorizado ao massacre na Olimpíada de Munique quando atletas de Israel foram feitos reféns por grupo terrorista palestino. No chamado Setembro Negro, onze desportistas foram assassinados: David Berger, Ze'ev Friedman, Joseph Gottfreund, Eliezer Halfin, Jospeh Romano, Andrei Schpitzer,  Amitsur Shapira, Kahar Shor, Mark Slavin, Yaakov Springer e Moshe Weinberg. Ao todo, 18 pessoas morreram.


Afinal, com tantos casos trágicos no mundo, e com tantos maus exemplos na própria Inglaterra, quem é essa gente que duvida da segurança brasileira?