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JB já tinha previsto que Dilma sofreria para reeleição

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Pesquisa do Ibope divulgada nesta sexta-feira (17) mostra que as intenções de voto na presidente Dilma Rousseff caíram de 40% em março para 37% em abril. O JB já vem anunciando há meses a dificuldade que a presidente Dilma Rousseff teria para conquistar sua reeleição e que enfrentava dificuldades em Pernambuco e no Rio de janeiro, por exemplo. 

"Tudo indica que a presidenta Dilma será reeleita, mas tudo indica também que ela não terá maioria. Seu PT, prognosticado pelo próprio deputado Ricardo Berzoini, não fará a mesma bancada que tem. O PMDB tem o PMDB que apoia Dilma e tem o PMDB de Geddel Vieira, que sai do governo hostilizando-o pelo seu Twitter", dizia o JB.

>> Intenções de voto em Dilma chegam a 37%, diz Ibope

>> Veja aqui o artigo

Confira na íntegra artigo publicado:

Opinião - 2014 começará após a decisão do 2º turno, no dia 26 de outubro

O ano novo, que na realidade não começa no dia 2 de janeiro, e sim no dia 6, encontrará o Brasil parado de férias. Em fevereiro, o batuque das escolas de samba fará mais barulho nos ouvidos do que os apitos das fábricas, com a economia parada.

Quando chegarmos em meados de março, estaremos rezando na Semana Santa, e passaremos logo aos primeiros dias de abril, quando o Brasil poderá se surpreender com as agências de classificação de risco rebaixando títulos brasileiros.

Com um país parado e as agências de risco desclassificando o Brasil, os candidatos da oposição poderão sentir pela primeira vez o crescimento dos seus índices de popularidade.

Paralelamente, o Brasil começará a viver a proximidade da Copa do Mundo. Contudo, o futebol, paixão do brasileiro, estará longe do povo, impossibilitado de assistir aos jogos devido aos preços exorbitantes dos ingressos. Joseph Blatter, que era um simples e medíocre funcionário da Fifa, que segurava o saco para que o então presidente, João Havelange, escondesse as supostas irregularidades, agora impõe humilhações ao Brasil, que vão de "chutes no traseiro" a determinar regras em nosso território, como se a Fifa mandasse no país. Regras e escândalos que já provocaram a ira da população, que foi às ruas protestar e promete mais manifestações no ano que está por vir. 

Como se não bastasse, depois de tantas humilhações impostas ao país-sede da Copa, a seleção caiu numa chave cuja sequência de confrontos numa segunda fase põe em xeque o sucesso da trajetória. Uma chave perversa.

Este mesmo Blatter agora afirma que nada sabia dos escândalos da entidade que hoje comanda, como se o secretário-geral pudesse realmente não saber do que se passa nos corredores da Fifa.

Esse medíocre dirigente anda escoltado no Brasil, como andam os presidentes "delinquentes" que precisam manter-se distantes do povo. Bem diferente de João Havelange, um belga naturalizado brasileiro que é respeitado por autoridades e em cuja gestão, o futebol brasileiro teve sua maior ascensão. 

Blatter precisa realmente andar bem escoltado no Brasil. Ele foi uma das grandes influências malignas do futebol brasileiro, destruindo a sua imagem, afastando o povo e até os proprietários da cadeiras cativas do Maracanã. Blatter deve mesmo se preocupar com sua segurança. A sorte deste homem é que nós, brasileiros, somos do bem.

Em outra esfera, no campo político, o país estará vivendo uma das eleições mais milionárias dos últimos tempos. Serão mais de 60 candidatos ao Senado, mais de 40 disputando cargos em governos, cerca de 5 mil concorrendo a votos para deputados federal e estadual, e ainda três fortes candidatos à Presidência da República. Imaginem a fortuna que será gasta em todas estas campanhas.

O STF indicou nos primeiros votos de seus ministros que as eleições não poderão ser financiadas pela iniciativa privada. As dificuldades serão imensas. Tudo indica que a presidenta Dilma será reeleita, mas tudo indica também que ela não terá maioria. Seu PT, prognosticado pelo próprio deputado Ricardo Berzoini, não fará a mesma bancada que tem. O PMDB tem o PMDB que apoia Dilma e tem o PMDB de Geddel Vieira, que sai do governo hostilizando-o pelo seu Twitter.

Os partidos pequenos, hoje aliados do governo, estarão apoiando candidatos de oposição a Dilma. Por sua vez, as lideranças da oposição não têm perfil para comandar uma campanha contra as realizações de Lula e de Dilma.

Nada pode prognosticar o que vai ser do Brasil no dia seguinte das eleições para presidente da República, em 26 de outubro (data do segundo turno). Teremos uma presidenta que não vai ter a necessidade de cooptar o Congresso, porque não disputará uma terceira eleição, e um Congresso que não se sentirá bem tendo seus projetos de lei vetados porque poderão incidir em processo inflacionário. Um Congresso que poderá não ter simpatia pelo Executivo, e um Executivo que vai ter que governar para entrar para a história, e terá que prescindir da demagogia.