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Ao Exmo. Juiz que analisa recuperação judicial de Eike Batista

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Eike Batista pede recuperação judicial, mas, como garantia, oferece ativos que são do Estado, não dele.  A concessão, mesmo com garantia bancária, não é propriedade de um inadimplente que oferece garantias que não lhe pertencem, vale ressaltar ao Exm. Juiz que fará a análise do pedido de recuperação judicial. Além da dúvida relacionada aos ativos, ainda surge suspeita de roubo do cofre da empresa que pede ajuda. Essas questões forçam uma deliberação bem amparada em lei.

O processo de recuperação da empresa de Eike Batista deverá examinar os saques feitos no caixa da empresa, conforme divulgado neste domingo (03/11) pelo jornalista Elio Gaspari, que dedicou toda sua coluna dominical ao empresário. Gaspari afirma que vários diretores do grupo foram coniventes com resultados e expectativas inflados, com foco no bônus que receberiam.

Segundo o jornalista, pelo menos dez executivos saíram das empresas de Eike com mais de R$ 100 milhões nos bolsos e alguns com mais de R$ 200 milhões. Gaspari lembra também de empresários e banqueiros que quebraram como Angelo Calmon de Sá, do Banco Econômico, que tenta recuperar sua fortuna com ações na Justiça contra o Banco Central.

Em nota publicada anteriormente, Gaspari ressaltava a viagem do filho de Eike, Thor, a Miami, com sua mãe, a ex-modelo Luma de Oliveira. Thor, em outra ocasião, chegou a declarar que não ficaria pobre. "Eike Batista não pagou os US$ 45 milhões que devia aos seus credores, mas ninguém deve temer que seus dependentes entrem para o cadastro do Bolsa Família. Seu filho Thor, que estava em Miami com a mãe, a atriz Luma de Oliveira, veio para o Rio. Mesmo tendo prestado serviços despiciendos ao grupo OGX, recolheu aquilo a que julgava ter direito", diz a nota do jornalista. 

Nesse cenário, de roubo ao cofre seguido de pedido de recuperação judicial, Eike Batista ainda oferece como garantia o que não lhe pertence, mas, sim, pertence ao Estado. Os ativos são uma concessão do Estado.