O medo do PT, de Lula ou de Dilma, em uma bipolarização que possa permitir a engenheiros da política perceber um racha no Brasil, parece ser compartilhado por Marina Silva e Aécio Neves.
O sonho de Marina era impossível: fazer um partido contrariando a lei. O que significa que ela não queria fazer um partido.
O sonho de Aécio é fazer um partido que una banqueiros, estudantes, MST, Sem Teto, ricos e pobres. Uma conquista competente que parece uma daquelas piadas de mineiro, que falam tudo para que todos possam ouvir sem se chatear.
O Jornal do Brasil acha que o candidato dos sonhos dos dois seria uma união com os três. Mas nenhum dos três até hoje apresentou qualquer programa de governo.
Marina prega a sustentabilidade, que ninguém sabe o que é, mas ela deve saber.
Aécio Neves prega o "vamos conversar um papo reto", que também por trás deve ter um grande programa.
O governador Eduardo Campos diz que "é possível fazer mais". O país quer saber o quê. Na saúde, na educação, na distribuição da riqueza, na moradia...
Vamos fazer mais um papo reto com sustentabilidade. Espera-se que seja um grande programa de governo.
Enquanto isso o empresariado, aquele que mais se privilegiou no governo Lula e Dilma, o do sistema financeiro, começa a ter medo de Dilma. Hoje ela, com seu temperamento inflexível e forte, para tentar a reeleição, precisa negociar com aqueles 300 que Lula adjetivou.
No seu segundo mandato, com certeza vai querer negociar com sua biografia.