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Opinião – O engano dos verdes

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Como uma candidata de esquerda, com seu histórico pessoal e político, pode se unir a um economista que defendeu o confisco da poupança durante o governo de Collor de Melo; que participou, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, como presidente do BNDES, da manipulação do leilão da Telebrás, beneficiando o Banco Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas. Na época, Lara Resende convenceu o ex-presidente a pressionar o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ) a participar do leilão de cartas marcadas integrando o consórcio formado pelo Opportunity.

Lara Resende foi sócio do banco Matrix onde ficou rico (em muito pouco tempo). Criado em 1993, com outros oito sócios, o banco encerrou suas atividades em 2002 com todos os fundadores bastante ricos. Somente em 1995, o banco apresentou um lucro excepcional de R$ 43,3 milhões, o que significou uma rentabilidade de 44% do patrimônio líquido, um retorno bastante difícil em tão pouco tempo e visto em pouquíssimos lugares do mundo.

Os resultados obtidos pelo banco suscitaram uma série de boatos de que os sócios do Matrix desfrutavam de informações privilegiadas, tanto de Lara Resende quanto de Mendonça de Barros, que também integrava seus quadros . Em 1997, os fundos do Matrix chegaram a um exorbitante patrimônio de cerca de R$ 2 bilhões.